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Os 13,1, milhões de desempregados

O Brasil voltou a registrar uma elevada taxa de desemprego, conforme apontou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua..

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Publicado: 31/03/2018 às 09h01min

O Brasil voltou a registrar uma elevada taxa de desemprego, conforme apontou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), divulgada na quinta-feira (29), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o instituto de pesquisa, a taxa de desocupação voltou a crescer no trimestre fechando em fevereiro, atingindo 12,6%, uma alta de 0,6 % em relação ao trimestre encerrado em novembro do ano passado. O País passa a ter 13,1 milhões de desempregados.

É comum, nessa época do ano, haver um aumento da taxa de desemprego. A novidade é, e isso não consta no relatório do IBGE, uma vez que ele foi fechado com base em informações do mês passado, que houve sim um aumento do número de emprego. Rondônia, por exemplo, foi o Estado que mais contratou na região Norte, conforme o relatório divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Os números ainda são bem conflitantes, mas o mercado de trabalho precisa sim voltar a reagir de forma profunda. A taxa de desemprego no Brasil segue alta e em ano político não terá muita esperança de a economia aproveitar uma pequena parcela dessa força de trabalho que está fora do mercado.

No mês de fevereiro, o Brasil abriu com 61.188 novos postos de trabalho. Como o Diário havia alertado na semana passada, ainda, não é possível avaliar se a Lei 13.467, da Reforma Trabalhista, está de fato influenciando no aumento de contratações ou na redução do número de vagas de trabalho. A Reforma Trabalhista entrou em vigor no dia 11 de novembro de 2017 e alterou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A proposta já recebeu várias críticas, inclusive por ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Para o presidente Michel Temer, que pretende disputar a reeleição, será muito difícil apresentar proposta política que vise mudar a taxa de desemprego no País. O governo ainda vive a ressaca das últimas operações policiais que resultaram em prisões de amigos do Michel Temer. O PMDB sempre caminhou com o governo do PT e muito pouco pode fazer para gerar postos de trabalho. Na realidade, a maioria dos escândalos tem a importante participação de líderes do PMDB.

O peso da carga tributária e os impostos trabalhistas ainda são grandes desafios na atual política econômica. Seja quem for o próximo governo a tomar posse, será preciso promover mudanças na legislação, caso contrário, o País correrá o grande risco de continuar com altas taxas de desemprego.



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