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Política &

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Publicado: 03/09/2018 às 15h43min | Atualizado 03/09/2018 às 16h27min

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Pais sem memória e sem futuro

“Nós já produzimos esse desastre que aí está. Ou as pessoas não percebem que nós contribuímos com a vitimização do Lula?” –..

“Nós já produzimos esse desastre que aí está. Ou as pessoas não percebem que nós contribuímos com a vitimização do Lula?” – Ministro Gilmar Mendes

1-GAME OVER!!!

Acompanhei todo o julgamento de Lula no TSE e lembrei-me do personagem Quincas Berro D’Água do Jorge Amado. Quincas, definitivamente morto, percorre os cabarés e ladeiras de Salvador pelas mãos de bêbados (outra coincidência). Lula foi condenado na por Moro, a seguir pelo TRF4, perdeu o recurso no STF e mofa na cadeia. Aí surge a lenda do redivivo e a “tchurma” incensa sua candidatura para ser barrada no TSE e Lula morre pela quarta vez. Lula será lembrado como Quincas Berro D’Água, um tipo respeitável que rasgou a biografia impecável para se dedicar a uma vida dissoluta.

2-Pais sem memória e sem futuro

Perdemos importante parte da nossa história. Um acervo com mais de 20 milhões de itens colecionados por 200 anos foi destruído pelo fogo e pela incúria. Será fácil jogar na conta do Temer, mas desde 2014 o Museu Nacional do Rio de Janeiro não recebia a verba de manutenção. Exemplares raros de vários ramos da ciência já não existem. O Brasil enrolado no presente não cuida do seu futuro – educação pública lastimável – nem do passado consumido pelo fogo ou enferrujando como nossa Estrada de Ferro.  A expectativa é sobre qual será o próximo museu ou biblioteca que irá desaparecer.

3-Socializando o prejuízo

E como o “redivivo” não desencarna, virou “encosto” e sussurra zoeira pra “tchurma do primário mal feito”. O Museu queimava e dois representantes já foram à boca do palco: “O museu é mais uma vítima do golpe, da turma do austericídio: PSDB, Bolsonaro e et caterva! É uma tristeza ver isso”, disse Gleisi. Para Lindbergh: “Com a PEC do teto de gastos e a redução do orçamento (…) o Museu agonizava com graves problemas de manutenção. (…) O que acontece no Brasil hoje é criminoso”. Mas a quebradeira foi antes do Temer e Bolsonaro nada tem com o fato. Pai João me disse que é caso sério: “Humm mizifi, tem qui fazê trabáio pra fazê o incosto sair do homi que tá preso. Hummm. É só trazê um cabrito, dois marafu galinha preta e cem conto. O vei faz”

4-Na berlinda

Lula é ficha suja. Por suposto, não participa de eleição e caberia a um servidor do TSE recusar sua inscrição até porque se acha preso. Se o servidor autorizasse a inscrição estaria descumprindo a lei. Mas aí o “redivivo” surge em meio a recursos e o TSE que já se manifestara sobre o rigor com “fichas sujas” se pôs numa saia justa e torrou latim por uma noite para negar o óbvio. Mas o que ruim sempre pode piorar e o Dr. Fachin “meteu bronca” e em “alentado voto” enterrou a lei, o TSE, a lógica e ficou sozinho. 

5-Trem bala

Quem conhece a EPL-Empresa de Planejamento e Logística? Ela nasceu pelas mãos de Dilma em 2012 para fazer o trem-bala. Com orçamento de R$ 69 milhões usa 50% para pagar salários e encargos de 140 funcionários e fornecedores (de que?). Em dois anos já acumulava R$ 20 milhões de prejuízo e dobrando a cada ano. A exemplo de tantas outras a EPL precisa ser privatizada ou fechada. Com Temer, a EPL substituiu a Geipot no planejamento de logística para garantir funcionando o cabide de emprego. Como não há“trem bala” ilustro com a imagem do abandono da Madeira Mamoré.  

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sobre Política & Murupi

Leo Ladeia é baiano de Itororó, torcedor do Bahia ou um pau rodado que apoitou por aqui. Começou como radialista na Rádio Vitória Régia aos 55 anos. Apresentou o programa Lendas do Rock na rádio Parecis. Na SIC TV como aqui no Gente de Opinião Léo Ladeia fez de tudo. Astronauta, boy, pintor, poeta e pedreiro. Mutante, gosta de experimentar e de desafios, atualmente Ladeia está trabalhando no Rede TV Rondônia, canal 17,do Sistema Gurgacz de Comunicação.