O Sindicato dos Auditores Fiscais de Tributos de Rondônia (Sindafisco) lembrou ontem que em evento promovido no ano passado, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintero), em Porto Velho, deputados e senadores pelo Estado de Rondônia criticaram a proposta de reforma da Previdência e assinaram termo de compromisso, firmando acordo pela não aprovação da matéria. O Governo Federal e a Câmara dos Deputados trabalham com o prazo de 19 de fevereiro para a votação da PEC 285 (Projeto de Lei da reforma da previdência).

O Sindafisco reforça ser contrário à reforma, pois a classe trabalhadora não pode pagar uma conta que não é sua. “Essa reforma acaba com os direitos já conquistados dos trabalhadores. O governo pode adotar outros métodos para diminuir os déficits fiscais, que diz existir, e a dívida pública, sem mexer com os trabalhadores”, disse Mauro Bianchin, presidente da entidade sindical.

No evento, segundo Bianchin, os senadores Acir Gurgacz (PDT) e Valdir Raupp (PMDB), além dos deputados federais Marcos Rogério (DEM), Lindomar Garçon (PRB), Expedito Netto (PSD) e Nilton Capixaba (PTB) confirmaram que são contrários à reforma previdenciária, nos termos que é apresentada pelo governo. Embora não tenham comparecido à reunião, os deputados federais Lúcio Mosquini (PMDB) e Marinha Raupp (PMDB) também declaram ser contra a proposta.

Relembre 

O primeiro a discursar na reunião com os servidores foi Acir Gurgacz. Ele disse ser contra a proposta da reforma da previdência e que era necessário discutir o tema nas bancadas. “Reafirmo meu compromisso com o povo e não aceito o projeto de reforma do modo que está sendo apresentado”.

Em seguida, Garçon confirmou que também votaria contra a aprovação da PEC por considerar prejudicial aos trabalhadores. O deputado Expedito Neto reafirmou seu posicionamento, e lembrou que tem votado contra qualquer projeto que prejudique a classe trabalhadora, como fez com a PEC do teto dos gastos. Já o senador Raupp reiterou o posicionamento manifestado, em uma reunião com sindicalistas, de que, embora seja da base aliada do governo Temer, não concorda com a PEC, e por isso se o texto chegar ao Senado, votará contra. (Da Assessoria)