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PLANTÃO DE POLÍCIA

PF prende quadrilha suspeita de clonar WhatsApp de políticos

As ordens foram expedidas pela Justiça Federal em Brasília.

Por Metropoles
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Publicado: 17/07/2018 às 09h54min

Foto: Ilustrativa

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (17) a Operação Swindle, com objetivo de desarticular grupo que realizava clonagens de números telefônicos de autoridades brasileiras para aplicar golpes via WhatsApp.

Policiais federais cumprem cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva nos estados do Maranhão e Mato Grosso do Sul. As ordens foram expedidas pela Justiça Federal em Brasília.

De acordo com a PF, o grupo abria contas falsas. Os criminosos se “apossavam” informações em trocas de mensagens de WhatsApp de autoridades públicas e, fazendo-se passar por estas, solicitavam transferências bancárias das pessoas constantes de suas listas de contato.

Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de invasão de dispositivo informático, estelionato e associação criminosa. Swindle significa “fraude” em inglês.

Depósitos bancários

O deputado federal Ronaldo Fonseca (Pros-DF) foi vítima do golpe em fevereiro deste ano. Após perceber que seu celular estava sem sinal, o parlamentar recebeu um alerta da mulher: sua conta no WhatsApp ligada ao número funcional da Câmara dos Deputados estava enviando a contatos de sua lista telefônica pedidos de depósitos bancários.

“Eles mandaram mensagem no grupo da família. Aí, minha esposa viu e achou estranho”, contou o deputado à época. Nas mensagens, os criminosos iniciam um diálogo e questionam se o interlocutor possui conta no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal. Em seguida, pedem para o contato realizar uma transferência sob o pretexto de que o limite bancário já havia sido ultrapassado e o valor seria ressarcido em breve.

Fonseca registrou um boletim de ocorrência eletrônico e notificou os amigos do incidente. A reação, no entanto, não foi rápida o suficiente para impedir que dois contatos do deputado caíssem no golpe. Um conhecido realizou uma transferência no valor de R$ 2 mil, enquanto outro depositou R$ 1,7 mil na conta dos criminosos e pagou um boleto de R$ 300.

O deputado afirmou que acionou a operadora telefônica. Foi identificada uma transação realizada por um homem portando documento falso em loja de São Paulo.



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