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Diário da Amazônia

Pimentel dificulta Hospital da Amazônia, diz Prata

Presidente da Fundação Pio XII explicou à Comissão da ALE andamento do processo.

Por Assessoria
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Publicado: 18/04/2017 às 07h05min

Henrique Prata foi ouvido ontem pela Comissão Especial Temporária da Assembleia Legislativa

Em reunião ontem, da comissão temporária especial da Assembleia Legislativa para averiguar possível ingerência no credenciamento do Hospital de Câncer de Barretos (HCB) na nova unidade denominada Hospital da Amazônia, o diretor da Fundação Pio XII, Henrique Prata, falou da dificuldade de relacionamento com o secretário estadual de Saúde, Williames Pimentel, que, segundo ele, sempre buscou o credenciamento do Hospital de Base em detrimento do Hospital de Câncer, que contará com toda estrutura para o tratamento completo de câncer em área com 30 mil metros de área e referência no tratamento com os melhores especialistas do País, formados em Barretos.

Prata explicou o andamento do processo junto ao Ministério da Saúde, e disse que se vive um momento triste, pois o hospital é um investimento de R$ 100 milhões totalmente de capital privado, sem dinheiro público, exceto algumas emendas, sendo um modelo e referência no tratamento em toda a América Latina.

Um dos pontos que Prata esclareceu foi quanto aos tipos de credenciamento no tratamento, como o Cacon (completo, de alta complexidade) e o da Anacon (tratamento ‘fatiado’ ou apenas um pedaço de serviço), que é o caso atual da clínica São Pelegrino.

Segundo ele, a clínica existente em Rondônia só cumpre dois protocolos dos 12 necessários para um paciente em tratamento de câncer “e justamente os dois que dão lucro para o hospital”. Afirmou que destes processos, o Barretinho trouxe todos, ficando somente de fora a radioterapia.

Prata afirmou que o hospital existente conseguiu credenciamento duplo (Cacon e Anacon), o que contraria todas as diretrizes, especialmente por não ter condições de atender à população, especialmente por fechar no fim da tarde. “Recebemos pacientes com perfuração de intestino e não tinham onde tratar, isso é absurdo”, relatou.

Quanto ao relacionamento com a deputada federal Marinha Raupp, Prata disse que, “se ela seguir o que o Pimentel quer, iremos atritar o tempo todo. Precisamos tratar de forma correta. A maioria dos pacientes é pobre. Quero fazer o certo. E o que é certo é credenciar o Hospital de Câncer”.

Prata deixou claro que não quer criticar ninguém, “mas o que o Estado está querendo fazer é irresponsável e inconsequente” referindo-se ao desejo do secretário em querer credenciar o Hospital de Base. “Clínico geral não pode querer operar câncer, isso não é o certo”. O Diário não conseguiu falar com o secretário.



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