Governador Confúcio e o vice Daniel Pereira em reunião com empresários bolivianos
Em reunião com o governador Confúcio Moura (PMDB), no Palácio Rio Madeira, em Porto Velho, empresários da Bolívia fizeram uma exposição das relações comerciais entre Brasil e Bolívia com a utilização do porto público de Porto Velho, e relataram demandas que precisam de apoio do Ministério das Relações Exteriores para facilitar a agenda de importação e exportação entre as regiões. O encontro foi promovido pelo vice-governador Daniel Pereira (PSB), que na semana passada, juntamente com o diretor Técnico Legislativo, professor Helder Risler, secretário da Mesa de Irmandade Rondônia-Beni, estiveram em Cochabamba, Riberalta e Santa Cruz, quando trataram com autoridades e empresários sobre o incremento das relações comerciais, culturais e turísticas, especialmente no que diz respeito a Rondônia.
O vice-governador disse que hoje a utilização do porto público de Porto Velho é possível em razão do trabalho iniciado por iniciativa política do governador Confúcio Moura, em 2013, quando foi assinado acordo aproximando ainda mais a Bolívia. “De lá para cá ocorreu uma serie de desdobramentos, e encontramos uma série de pessoas que têm contribuído de forma significativa para o segmento da relação comercial”, disse o vice-governador, citando o empresário Agustin Vargas, grande exportador de castanha de Riberalta, presidente da Cadexnor.
Vargas, que há pelo menos três décadas utiliza porto do Chile para comercializar madeira com a Europa, relatou dificuldades que precisam ser vencidas para melhorar a relação comercial. Ele disse ter passado pelo constrangimento de ter um contêiner aberto, já lacrado, o que deve ser feito no momento do embarque da mercadoria, pela autoridade aduaneira. Para o empresário, relatou ao governador Confúcio Moura, importa a competitividade, e isso exige boas condições de custo, tempo e tratamento oferecido ao processo de comercialização e transporte.
Empresário destacam redução de custo e tempo
Segundo Daniel Pereira, o empresário já utilizou o porto público de Porto Velho e está convencido da redução de custo e tempo, facilidades que esta rota alternativa, saindo da Bolívia até Rondônia, e posteriormente Manaus, se revelam superiores à rota para o porto de Arica, no Chile; e de Matarani, no Peru.
Além das exportações de madeira e castanha já iniciadas pelo porto público de Porto Velho, processo inaugurado em março deste ano quando a BDEX Florestas exportou madeira da Bolívia para a Bélgica, o vice-governador ressaltou a exportação de produtos de Rondônia para a Bolívia, já iniciada, citando o empresário César Cassol, que negociou 1,8 mil toneladas de calcário para aquele País.
O porto de Porto Velho é estratégico para mercadorias da Bolívia e também do Peru, e por ser o único alfandegado da região Norte, é crescente o interesse empresarial na sua utilização, conforme demonstraram as tratativas que vêm sendo feitas pelo vice-governador e o superintendente de Desenvolvimento de Rondônia, Basílio Leandro. Em novembro, em mais uma rodada de negócios que está programada, as possibilidade de interação comercial se ampliam.
Além da primeira carga de madeira proveniente da empresa Rioyata Madeiras de Guayaramerin, a BDX Florestas, que tem contrato temporário para uso do porto de Porto Velho, já exportou mais de 40 mil metros cúbicos de teca do programa Floresta Plantada. Segundo Dario, já foram feitos, desde março para cá, 32 cargas de madeira e castanha.
Dario Lopes mostrou ao governador a ordem de compra para transporte de 500 toneladas de sal da Bolívia para Rondônia, abrindo a possiblidade de empresários rondonienses mandarem produtos para aquele País. O empresário Agustin, segundo ele, tem um potencial de exportação de dois mil contêiners de castanha por ano.
A comitiva que visitou o governador Confúcio pediu apoio para melhorar a estrutura portuária de Guajará-Mirim e instalar uma estrutura de passagem em Costa Marques para facilitar rotas de comércio.
Confúcio disse que pedirá audiência com o ministro Aloísio Nunes (Relações Exteriores) para o mês de outubro para tratar de todas as demandas.
Os empresários Juan Carlos Malgar, da SanAgustin, de Riberalta; e Agnaldo Xavier Oliveira, diretor da Agromotores, de Porto Velho, também participaram da reunião.
