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Diário da Amazônia

Praga causa estragos em cafezais

Incidência da broca-do-café tem aumentado e causado prejuízos em todo o Brasil.

Por Assessoria
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Publicado: 01/01/2018 às 06h10min | Atualizado 30/12/2017 às 11h47min

A broca-do-café ataca as lavouras em todo o País, mas a tecnologia auxilia no controle da praga

A incidência da broca-do-café (Hypothenemus hampei) tem aumentado por conta do cultivo de cafezais mais adensados ou sombreados e uso da irrigação, o que propicia a praga sobreviver durante a entressafra no interior dos frutos úmidos remanescentes da colheita e nos frutos que permanecem nas plantas e sobre o solo. Outro fator que tem contribuído para o ataque dessa praga é a ausência de defensivos mais eficientes para o seu controle.

Medidas recomendadas para controle do Hypothenemus hampei baseiam-se principalmente na adoção de práticas que visam à redução das condições favoráveis à proliferação do inseto: colheita bem-feita; derriça de todos os frutos da planta, se possível com repasse; podas, quando necessárias; redução de áreas de sombra; e eliminação de lavouras com café abandonadas. Além disso, a condição de lavouras abertas, arejadas, com boa penetração de luz diminui a umidade interna na lavoura, reduzindo as condições favoráveis à proliferação da broca.

No âmbito do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, instituições de pesquisa, ensino e extensão possuem um conjunto de publicações e recomendações técnicas que podem auxiliar os produtores de café a controlarem e mitigarem os efeitos dessa praga nas diferentes regiões produtoras de café do País. A Embrapa Rondônia editou e publicou o livro intitulado ‘Amazônia’, que destaca a broca-do-café como sendo a principal praga do cafeeiro na região, em virtude de a maioria das lavouras da Região Amazônica cultivarem a espécie de café robusta (C. canephora), a qual é preferencialmente atacada pelo inseto Hypothenemus hampei.

Na publicação são apresentados métodos de monitoramento e controle da broca nas lavouras infestadas, que consistem basicamente na determinação das características biológicas do inseto, grau de infestação, emprego de controle químico ou biológico natural e, ainda, o controle cultural, por meio do qual se permite fazer a colheita de forma criteriosa.

Essa medida evita deixar frutos remanescentes, e um repasse na lavoura, se necessário, para evitar a sobrevivência da praga nos frutos da próxima safra. A broca-do-café é um pequeno besouro (coleóptero) de cor escura brilhante, cuja fêmea, quando fecundada, perfura o fruto do café, normalmente na região da coroa do fruto, onde faz uma galeria no seu interior para postura de ovos, dos quais surgem as larvas que se alimentam das sementes (grãos de café).

Os principais danos causados pela praga, em geral, são a queda prematura dos frutos nos estágios de chumbinho a verde aquoso, o que prejudica a produção de sementes, e ainda reduz o peso dos grãos e diminui substancialmente o rendimento das lavouras.



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