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Diário da Amazônia

Pragas quarentenárias representam riscos às lavouras

É considerada também a proximidade das áreas onde ocorrem com as fronteiras brasileiras, entre outros fatores.

Por Assessoria
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Publicado: 10/12/2017 às 05h10min

As pragas podem desencadear danos ao setor agrícola

Especialistas da Embrapa e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento discutem ações de pesquisa, transferência de tecnologia e comunicação para evitar a entrada no Brasil de 20 pragas quarentenárias consideradas prioritárias. Estas pragas foram listadas em conjunto entre as duas instituições em outubro deste ano e são consideradas prioritárias pelos prejuízos econômicos que podem causar às culturas de milho, soja, mandioca, batata e arroz, além de várias frutas, caso entrem no País. É considerada também a proximidade das áreas onde ocorrem com as fronteiras brasileiras, entre outros fatores.

Existem atualmente cerca de 500 pragas quarentenárias – entre fungos, insetos, bactérias, vírus, nematoides e plantas daninhas – oficialmente reconhecidas como ausentes no Brasil. A prioridade é desenvolver um trabalho mais específico para evitar a entrada das pragas listadas. Caso não seja possível, auxilia também o País na adoção de medidas para sua erradicação e controle. Dentre as estratégias para as questões relacionadas às pragas quarentenárias são discutidos metodologia e resultado, incluindo a importância do monitoramento de cenários relacionados a sua ocorrência, instrumentos de cooperação científica da Embrapa e as demandas de pesquisa, transferência de tecnologia e comunicação para as 20 pragas quarentenárias ausentes priorizadas para o Brasil. Também foram definidas as linhas de demandas que serão levantadas para cada praga, as prioridades e dificuldades para cada linha de pesquisa, potenciais instituições parceiras, financiadores de projetos e especialistas. Segundo o pesquisador Marcelo Lopes, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, o levantamento de demandas para as pragas definidas como prioridades é de fundamental importância para ações quarentenárias, além de servir de apoio à tomada de decisões pelo Mapa. Ele diz que o desafio será buscar especialistas e parceiros para proposição de projetos com foco nas pragas.

Marcelo Lopes observa que o tema “pragas quarentenárias” tem aumentado de importância no mundo pelo interesse mundial na expansão do comércio de produtos agrícolas, que podem enfrentar obstáculos à exportação pelas barreiras fitossanitárias, e pela introdução de pragas com resistência a diversos métodos de controle, ocasionando impactos econômicos e ambientais significativos nos países.



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