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Diário da Amazônia

Prefeito Hildon pede desculpas a servidores

Polêmica foi ocasionada por uma entrevista a uma emissora de televisão.

Por Assessoria
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Publicado: 17/03/2017 às 06h25min | Atualizado 17/03/2017 às 15h31min

Reação do Cremero sobre entrevista causou surpresa ao prefeito da capital, Hildon Chaves

Pego de surpresa por uma nota de repúdio assinada pelo presidente em exercício do Conselho Regional de Medicina (Cremero), Spencer Vaiciunas, em reação a uma entrevista à uma emissora de televisão, criticando o que chamou de sabotagem de alguns servidores na UPA da zona Sul, o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, se desculpou com os servidores que cumprem com seus horários e plantões com responsabilidade.

Hildon Chaves também reafirmou que vai intensificar a fiscalização das folhas de ponto, como são chamadas as anotações de frequência e assiduidade nos locais de trabalho.

Na entrevista que provocou a reação do Cremero, o prefeito se referiu como ‘sabotagem’ à constatação de que os vasos sanitários da UPA Sul foram entupidos com copos descartáveis e rolos de papel higiênico, para que a água, dejetos e detritos transbordassem. Na mesma entrevista, o prefeito pediu que os médicos ficassem mais atentos a seus horários de plantões e atendessem melhor à população.

Embora as declarações tenham sido pontuais com relação a situação verificada naquela unidade de saúde, a nota assinada pelo presidente em exercício do Cremero aborda o assunto de forma generalizada.

“É claro que temos bons servidores médicos, enfermeiros, técnicos e pessoal de apoio. À essa maioria responsável, que cumpre seu papel com dignidade, pedimos nossas desculpas por eventual interpretação destoante da realidade”, desculpou-se.
O prefeito estranhou, entretanto, que as reações tenham ficado mais ostensivas depois que criou uma comissão de técnicos responsáveis pela fiscalização das folhas de frequência e de plantões dos servidores. Um dos locais que mais registra ausência de médicos em seus plantões é a UPA da zona Leste.

Ontem, entretanto, quando o Cremero programou uma fiscalização surpresa, estavam os seis plantonistas trabalhando. O conselheiro Rodrigo Almeida, que fez a vistoria, constatou que o grande problema da unidade é a superlotação, embora haja outros de menor potencial.

Segundo Rodrigo Almeida, num plantão de 12 horas, cada médico chega a atender entre 70 a 80 pacientes, o dobro do recomendado pelo Ministério da Saúde. O número de profissionais por plantão na UPA, no entanto, está adequado à sua estrutura. São seis consultórios para seis plantonistas. A clientela é que tem crescido mês a mês. O último mês de janeiro, por exemplo, registrou um crescimento de dez mil procedimentos a mais do que janeiro do ano passado.



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