Servidores públicos prometem mobilização durante a semana no prédio da Assembleia
Um presente de Natal. É assim que o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintero) define a proposta do governo do Estado de elevar o percentual do desconto previdênciário do funcionalismo público de 11% para 14%.
Em nota distribuída nesse final de semana, o Sindicato prometeu unir forças junto ao Sindicato dos Agentes Penitenciários (Singeperon) e Polícia Civil (Sinsepol) em uma mobilização programada para acontecer nesta segunda-feira.
O Sintero destacou que neste ano o governo do Estado em nenhum momento falou em reajuste salarial para os servidores, ou mesmo em reposição de perdas inflacionárias, mas já tentou reduzir os salários com descontos indevidos, e agora quer aumentar o desconto da contribuição dos servidores para a previdência, de 11% para 14%.
“Contra esses abusos do governo do Estado os trabalhadores em educação se unem às demais categorias de servidores públicos estaduais em uma grande mobilização para evitar que as categorias, que já sofrem com a falta de uma política de recuperação salarial, sejam ainda mais prejudicadas”, diz a nota.
Para o sindicato, não se vê, no âmbito da administração estadual, nenhuma atitude no sentido de cortar gastos reduzindo os altos salários, ou outras medidas que possam sanar as dificuldades financeiras sem penalizar ainda mais os já sofridos servidores públicos.
“Portanto, a administração do governador Confúcio Moura e cada deputado estadual que votar a favor dessas medidas prejudiciais aos servidores serão considerados responsáveis pela redução dos salários dos trabalhadores que eles prometeram valorizar”, diz o documento.
Os servidores públicos disseram que o governo aproveitou o final de ano para aprovar medidas que penalizam o funcionalismo público, mas eles estarão de plantão na Assembleia.
Governadores reunidos com o presidente Michel Temer
Reforma tem apoio do governo Michel Temer
A busca por soluções para um déficit aproximado de R$ 150 bilhões na Previdência Social serviu para aproximar os Estados da União em uma única tarefa federativa.
Temer, ao participar de reunião em novembro com os governadores de todos os Estados, disse que a reforma da Previdência interessa não só ao governo federal, mas também aos governadores estaduais.
Segundo ele, governadores têm procurado o Palácio do Planalto para apoiar a proposta. “Os Estados estão praticamente quebrados, fruto da Previdência Social. Os governadores querem incorporar-se numa tarefa federativa (…), porque interessa à União e aos Estados”, disse Temer, no Seminário Infraestrutura e Desenvolvimento do Brasil, promovido na época pelo jornal Valor Econômico
Rondônia fora da crise
O apoio dos governadores à reforma foi uma das condicionantes apresentadas pelo presidente Michel Temer para o governo federal ajudar os Estados a fecharem as contas no final do ano. Ocorre que em Rondônia as contas estão equilibradas e o Estado garantiu o pagamento do décimo terceiro e o salário do funcionalismo público está em dia, sem necessidade de penalizar o servidor.
