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Diário da Amazônia

Produtores investem em tecnologia

Rondônia é o segundo Estado brasileiro com maior produção de café robusta.

Por Emater-RO
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Publicado: 17/09/2017 às 06h35min

A produção de sementes de café clonal, amplamente incentivado no Estado, é uma das tecnologias que levam Rondônia ao topo da produção nacional

O crescimento da lavoura cafeeira em Rondônia tem permitido o investimento em tecnologia no intuito de produzir cada vez mais cultivares de forma melhorada e adaptada às condições edafoclimáticas locais. O café clonal, amplamente incentivado pelo governo do Estado, é uma dessas tecnologias que está levando Rondônia ao topo da produção cafeeira nacional. Rondônia é o 2º maior produtor brasileiro do café robusta, como é conhecido o Conilon, cujo crescimento da lavoura cafeeira resulta do avanço da tecnologia dos clonais. A gerente do escritório da Emater-RO em Theobroma, Julieta Luciana dos Santos Lima, explica que as cultivares estão se adaptando cada vez mais às condições da região, com alto grau de produtividade.

Segundo ela, apesar do incentivo do Estado e da oportunidade de acesso oferecidos aos produtores rurais, nem sempre é fácil e barato investir em tecnologia de ponta. Assim, extensionistas da Emater-RO têm orientado o cafeicultor a trabalhar com tecnologias simples, adaptadas a pequenos produtores e com alta resposta. “Temos incentivado os produtores a produzirem as próprias mudas, dentro de suas propriedades, baixando o custo de produção e possibilitando qualidade e diversidade das espécies empregadas”, detalha Julieta.

A gerente da Emater-RO informa que nessa tecnologia a propagação do café clonal não é feita por sementes. “Na verdade o material utilizado são estacas que, no caso da propagação vegetativa, possuem alto grau de enraizamento nas sacolinhas no viveiro. Isto possibilita a manutenção das características genéticas da planta matriz, garantindo uma homogeneidade da lavoura ainda no período de maturação, além de outras características desejáveis, como produtividade, vigor, estabilidade de produção, adaptação ao clima e solo, qualidade do grão e arquitetura de planta”, destaca.

No município de Theobroma, a Emater-RO, em parceria com as secretarias de Estado da Agricultura (Seagri) e do Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog), está estimulando a implantação de novas lavouras de café e a procura por técnicas simplificadas tem motivado, nos últimos anos, o aumentado a produção local. “Trata-se de uma parceria participativa entre técnico e produtor para a transferência da tecnologia, proporcionando ao agricultor melhor conhecimento da prática e do saber tecnológico do café clonal”, observa.

Emater-ro idealiza sistema

Como as mudas de café clonal são muito sensíveis e necessitam estar sempre com as folhas úmidas para desenvolverem rápido, após a estruturação do viveiro e as sacolinhas preenchidas, é feita a montagem do sistema de irrigação. Esse sistema foi idealizado pelos extensionista da Emater-RO em parceria com o técnico da Seagri, Adalto Frazão. “É um sistema automático que funciona um minuto pulverizando por 20 minutos parado, fazendo com que sempre haja água sobre as folhas”, diz Julieta, explicando que o sistema contribui para que a família não precise ficar acompanhando de perto quando deve ligar ou desligar o sistema de irrigação. A confecção do sistema de irrigação é simples e pode ser feita com material que sobra na propriedade ou de restos de acabamento de construções, como canos e mangueiras. O custo financeiro para construção desse sistema não passa de R$ 350,00 e pode ser utilizado também para hortas.

 



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