Diário da Amazônia

Projeto reconhece Banda de Música da PM como patrimônio

Lazinho da Fetagro destaca a importância de resgatar e eternizar a história da banda que acompanha a própria existência de Porto Velho.

Fotos: Divulgação/Arquivo e Cecoms

O deputado estadual Lazinho da Fetagro (PT) teve aprovado projeto de lei que insere a Banda de Música da Polícia Militar como integrante do patrimônio histórico cultural imaterial do estado de Rondônia. Em reconhecimento por mais de sete décadas de existência Lazinho da Fetagro destaca a importância de resgatar e eternizar a história da banda que acompanha a própria existência de Porto Velho, onde a regência e composição da banda vem sendo passada de pai para filho.

Apoiado nos escritos da historiadora Yêda Borzacov, o deputado conseguiu que a proposta recebesse parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça, sendo aprovado pela Assembleia, e agora aguarda sanção do governador do Estado. “O que buscamos é a continuidade da banda, como manifestação que é da tradição, da existência do nosso Estado, é o poder dizer que, “através do tempo” a banda se transformou em identidade cultural e social da nossa história, formadora do nosso passado, integrante do nosso presente”, ressalta o deputado.

O parlamentar reforça que o Estado acompanhado pela evolução política voltada para a cultura deve trabalhar no sentido de intensificar os instrumentos de reconhecimento e valorização do nosso Patrimônio Imaterial, apostando sem medo na valorização da história de Rondônia.

Banda da Polícia Militar de Estado de Rondônia

O Coronel Aluízio Ferreira chegou a Rondônia na época do território, por volta de junho de 1944, criou de imediato a Guarda Territorial com um efetivo de 600 homens, dentre os quais muitos aventureiros, hoje conhecidos como “Soldados da Borracha” e “Arigós”.

O coronel Aluízio Ferreira, em conversa com o coronel Milton Queiroz de Carvalho (então Comandante da Guarda Territorial), deu a idéia e incentivo à formação da banda de música. Após este contato, houve a primeira convocação por volta de agosto de 1944, quando foram arregimentados dez elementos entre músicos e aprendizes.

Em setembro de 1944, houve a primeira apresentação da banda de música recém-formada. Não foi um simples desfile, mas uma formatura de grande porte, em frente ao clube Internacional (Ferroviário Atlético Clube), na Avenida Sete de Setembro, onde desfilaram também tropas do Exército Brasileiro e alunos de diversos estabelecimentos escolares. No final do mesmo ano, a banda contava com um efetivo de 30 integrantes. Durante 23 anos teve grande participação na vida da comunidade rondoniense, sendo sempre aclamada e aplaudida de pé, onde quer que se apresentasse, fincando conhecida como “A Furiosa”.

Aos domingos e feriados realizava retretas nas praças e bairros da cidade, nas igrejas e clubes. Participou do aniversário da proclamação da República Boliviana e da solenidade de derrubada da última árvore da BR-364, no município de Vilhena, com a presença do então presidente da República Juscelino Kubitschek.

Em outubro de 1967, chegou a ser extinta do Quadro de Organização da Guarda Territorial. Entretanto, a abnegação de alguns integrantes (Sebastião, Nézio, Alair, Macedo, Carlos Sinfonte entre outros), não deixou que ela fosse extinta de vez e, sempre que a situação permitia, executava algumas tocatas.

No ano de 1977, já com a Polícia Militar criada e em fase de implantação, foi reorganizada, passando a fazer parte do Quadro de Organização da PM/RO, com um efetivo de 20 integrantes, com a denominação de Banda de Música da Polícia Militar. A partir de então, ela ganhou um novo impulso e garantiu o seu lugar de destaque no conceito popular rondoniense, sendo presença obrigatória em todos os grandes acontecimentos de Rondônia na atualidade.