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Rede Talentos da Educação tem Rondoniense

Fátima Gavioli, de Cacoal, foi uma das selecionadas para compor a Rede da Fundação Lemann.

Publicado: 13/08/2017 às 05h00

Fátima Gavioli é uma mulher arrojada que contribui no processo educacional do Estado

As dificuldades encontradas na vida de Fátima Gavioli, poderiam tê-la afastado de seus objetivos, mas pelo contrário, foram essas mesmas dificuldades que a impulsionaram a se dedicar no estudo e ter se tornado referência em educação no estado de Rondônia. Fátima, que é moradora de Cacoal, foi uma das 28 selecionadas entre 580 inscritos para compor a Rede de ‘Talentos da Educação 2017’, promovida pela Fundação Lemann.As dificuldades encontradas na vida de Fátima Gavioli, poderiam tê-la afastado de seus objetivos, mas pelo contrário, foram essas mesmas dificuldades que a impulsionaram a se dedicar no estudo e ter se tornado referência em educação no estado de Rondônia. Fátima, que é moradora de Cacoal, foi uma das 28 selecionadas entre 580 inscritos para compor a Rede de ‘Talentos da Educação 2017’, promovida pela Fundação Lemann.Para participar, o candidato deve se inscrever, contar sua história junto à educação e acompanhar os resultados. Até o final da seleção, são cinco etapas para serem vencidas. Fátima destaca que não é necessário ser professor para participar da seletiva, mas ter uma história ligada a área. E, foi a história de vida de Gavioli, que inicialmente chamou a atenção dos avaliadores.“Iniciei minha vida em Cacoal como empregada doméstica, em seguida me tornei vendedora de uma loja de confecções, fui promovida para gerente e consegui fazer uma faculdade. Desde então não parei mais de estudar”, relembra.

Fátima esteve no encontro de imersão em Minas Gerais

Uma case

Após impressionar com sua história, que foi a primeira etapa vencida, a professora precisou passar por outras. A segunda etapa foi responder a um case. O caso apresentado era de uma instituição de ensino em situação de abandono escolar. E a questão a ser resolvida era como Fátima, sendo diretora da instituição, mudaria essa realidade. “Eu solucionei esse caso de forma online, com três pessoas me observando através da tela de um computador. Eu tive duas horas para concluir e nesse período não pude sair da frente da tela”, contou, sendo que após cerca de 30 dias, recebeu um e-mail informando que foi classificada para a próxima fase.

Processo

A terceira etapa era responder uma prova de língua estrangeira básica, que também foi concluída com mérito pela professora. Já a quarta fase foi participar de uma entrevista presencial em São Paulo no escritório da Fundação Lemann. “Nessa entrevista eu falei sobre os motivos que fizeram com que eu me candidatasse para ser um Talento da Educação. Contei que além de ser professora, eu também ministro palestras sobre educação, motivando e alertando as pessoas que me escutam, sobre como a vida profissional e até mesmo pessoal pode ser difícil para quem não tem estudo”, contou Fátima.

Escrita

Já na quinta etapa, a professora precisou reunir cinco pessoas ligadas a educação para escreverem uma carta, atestando sua atuação na educação e os impactos positivos que o desempenho de seu trabalho causam. Essa correspondência deveria ser enviada pelos escolhidos por Fátima, e ela não teve acesso ao conteúdo.

Fátima está acompanhada de Jorge Paulo Lemann, proprietário da Fundação Lemann

Sem remuneração, mas gera incentivos no norte

Após todas as etapas vencidas, o processo seletivo que teve início no mês de fevereiro deste ano, foi concluído em Itapeva (MG), durante um encontro de imersão entre os 28 selecionados como os Talentos da Educação de 2017, que durou quatro dias, sendo do dia 2 a 6 de agosto.

“Foram dias de muito aprendizado, troca de informações e de experiências. Esse reconhecimento não é remunerado, mas me dá suporte para continuar contribuindo com a educação da região Norte, através de projetos e iniciativas educacionais. E, me motiva a me dedicar ainda mais a ajudar pessoas a mudar suas histórias”, garantiu a educadora.

A trajetória de Gavioli 

O início da vida de Fátima Gavioli em Cacoal foi como empregada doméstica, em seguida exerceu a função de vendedora, até ser promovida como gerente-geral. Em 1996 ingressou na educação como professora emergencial da rede pública estadual em Rondônia, já ocupou por duas vezes, o cargo de Coordenadora Regional de Educação, esteve de 2015 a janeiro de 2017 como secretária de Estado da Educação em Rondônia.

Atualmente é professora da rede estadual e do Ensino Superior. Já foi vice-presidente do Consed. Presidente do Consed Norte. É formada em Letras/Pedagogia e Direito. Especialização em Metodologia e Didática do Ensino, Psicologia Educacional, Gestão Escolar e MBA e Master em Gestão e Liderança Pública pelo CLP/SP. Mestre pela UFMS/MS e doutoranda em Neuroavaliacão da Aprendizagem pela PUC/RS.

Por Magda Oliveira Diário da Amazônia

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