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PLANTÃO DE POLÍCIA

Revista no Urso Branco chama atenção

Objetos encontrados apontam afrouxamento da fiscalização, diz Sejus.

Por Natália Figueiredo Diário da Amazônia
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Publicado: 22/02/2017 às 05h10min

Na revista do presídio, o Exército utilizou detectores de minas e outros equipamentos de detecção

A grande quantidade de objetos apreendidos no Presídio Urso Branco na madrugada da última segunda-feira (20) chamou a atenção das autoridades após revista surpresa. O tamanho dos objetos deixa a reflexão para quem viu e a pergunta: como pode objetos tão grandes entrar no presídio? Como tabletes por exemplo. Segundo o coronel Marcos Rocha, titular da Secretaria Justiça do Estado (Sejus), no Urso Branco pode estar havendo afrouxamento da fiscalização.

“O presídio conta com detectores de metais e aparelho de raios-X. É difícil explicar como esses objetos têm entrado no presídio sem que ninguém tenha percebido”, disse ele na coletiva de imprensa.

O secretário disse ainda, que a corregedoria investiga possíveis casos de corrupção e que alguns agentes penitenciários já foram afastados ou exonerados por comprovação de facilitação de entrada de objetos proibidos no sistema carcerário. “A corrupção existe, mas estamos tentando combater”, ressaltou.

Foi encontrado uma grande quantidade de objetos nas celas

Além da possível corrupção, um funcionário do presídio que não quis se identificar, disse que a falta de equipamentos também facilita a entrada de objetos ilícitos. “O Urso Branco é um presídio de regime fechado, a corrupção existe, mesmo sendo coibida pelo sistema, mas também entra por visitantes, por nós não termos um scanner corporal que seria o ideal para coibir este tipo de entrada, e como não fazemos mais revista mununciosa em visitante que agora é proibida por lei, ela tem facilidade de entrar com esses ilícitos introduzidos dentro das partes íntimas”, disse.

O general Costa Neves, comandante da 17ª Brigada, assegurou que a operação deve se repetir em outras unidades prisionais do Estado e, a exemplo do que aconteceu no Urso Branco, os soldados envolvidos nas varreduras não terão contado com os apenados. O comandante explicou que antes da entrada dos militares do Exército a companhia de Operações Especiais da Polícia Militar (COE-PM) isolou os apenados em condições de segurança. “Não houve contato, se quer visual das forças federais com os presos. Nosso trabalho foi só verificar a existência de material proibido dentro do presídio”, esclareceu o militar.
Na revista do presídio, o Exército utilizou detectores de minas e outros equipamentos de detecção. Além das Forças Armadas, a Força Aérea Brasileira (FAB), o Ministério Público Militar (MPM), Polícia Militar (PM), Polícia Civil (PC), Corpo de Bombeiros Militar (CBM-RO), Casa Militar do Governo do Estado de Rondônia trabalharam na operação.



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