Com o argumento de garantir a ordem pública e aplicação da Lei Penal, o caminhoneiro Willians Maciel Dias teve o pedido de revogação de prisão negado pela 1ª Vara Criminal de Vilhena (RO). Willians é suspeito de matar o caminhoneiro José Batistela com uma pedrada durante o período das manifestações da classe na BR-364.
O advogado de defesa do suspeito, José Franscisco Cândido, pediu a revogação embasada com argumentos de bom comportamento, residência fixa, emprego, família e cooperar com as investigações.
Diante da declaração contrária do Ministério Público de Rondônia (MP/RO) sobre o pedido de defesa, a Juíza Liliane Pegoraro Bilharva afirmou que não será concedida a revogação, pois o decreto de prisão segue os fundamentos e razões adequadas.
Com esta decisão, a defesa afirma que vai recorrer no Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ/RO). Willians Maciel Dias continua preso na Casa de Detenção de Vilhena.
LEIA TAMBÉM:
Caminhoneiro morre ao tentar furar bloqueio em Vilhena
Suspeito de matar caminhoneiro se entrega à polícia
Homem confessa que atirou pedra que matou caminhoneiro
Defesa do acusado de matar caminhoneiro pede anulação da prisão
O CASO
José Batistela, caminhoneiro de 70 anos de idade, morreu no dia 30 de maio, após ter sido atingindo por uma pedra que atravessou o para-brisas do veículo. O caso aconteceu próximo ao Posto Míriam, localizado na Avenida Marechal Rondon, saída para Cuiabá, em Vilhena.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o caminhoneiro morreu ao tentar sair de um posto de combustível quando foi atingido por uma pedra.
De acordo com a PRF, o motorista foi atingido, aproximadamente 2/3 km antes de chegar no ponto de manifestação dos caminhoneiros.
Segundo os familiares de Batistela, o motorista não participava das manifestações e se deslocava com uma carga de madeira com destino ao município de Mirasol, no Mato Grosso.
O motorista, segundo os familiares, aproveitou o comboio que passava na BR quando foi atingido pela pedra.