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Diário da Amazônia

Rondônia registra superávit de US$ 211 milhões

Estado vive uma nova fase onde o mundo começa a abrir mais portas para a produção agrícola e a pecuária de Rondônia.

Por Assessoria
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Publicado: 18/09/2017 às 05h10min

O volume de exportações feitas pelo Estado no período de de janeiro a maio deste ano totalizou 477 milhões de dólares

De janeiro a maio deste ano, Rondônia registrou um superávit de US$ 211 milhões. Enquanto as importações alcançaram US$ 266 milhões, a exportações chegaram ao valor de US$ 477 milhões. Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), isso coloca Rondônia na 16ª posição no ranking de exportações dos Estados brasileiros. Pescados produzidos no Estado alcançam mercados internacionais. Recentemente 45 toneladas de peixe de Ariquemes foram exportadas para o Peru em uma articulação estratégica da Superintendência de Desenvolvimento do Estado de Rondônia (Suder). Segundo a diretora administrativa da Zaltana Pescados, Luciana Aguiar, a primeira remessa foi enviada no final do mês passado e chegou no dia 12 ao sexto envio com mais 13 toneladas.

O negócio, de acordo com o superintendente de Desenvolvimento do Estado de Rondônia (Suder), Basílio Leandro de Oliveira, é resultado do trabalho realizado na Rondônia Rural Show, feira de tecnologia e inovações do agronegócio que acontece anualmente na cidade de Ji-Paraná. ‘‘Fomos ao escritório de representação do Peru em São Paulo onde fizemos o convite para a participação de empresários daquele país a feira de Rondônia’’, conta. Durante a feira, os empresários conheceram a piscicultura de Rondônia, estado que lidera a produção de peixe de água doce no País. Também através da Suder visitaram os frigoríficos de pescado. ‘‘Nós trouxemos em 2016 empresários do Peru com potencial de comprar produtos de Rondônia, começou ali um ‘namoro’ entre empresários que acabou este ano se tornando um negócio concretizado’’, explica o superintendente.

Além do Peru, a Zaltana Pescados já exportou para os Estados Unidos da América e tem estreitado conversas com a Coreia do Sul. ‘‘Inclusive foi a Suder que nos apresentou a este mercado e em novembro deste ano terá um evento neste país onde a Zaltana se fará presente’’, destaca a diretora Luciana Aguiar. ‘‘O governo não tem medido esforços para que a produção de Rondônia vá além das fronteiras do Brasil. A gestão visionária do governador e toda liderança estão de parabéns’’, avalia o consultor de negócio da Rical, Juliano Sevilha. A Rical é indústria de beneficiamento de arroz localizada em Ji-Paraná e que tem como sócio-proprietário Pedro Rack Filho. Já exportou para Bolívia e Peru e pretende alcançar o Sul da América e o continente africano.

A mercado internacional se volta para Rondônia

O gerente-geral da Distriboi, Leonardo Nascimento, ressalta o trabalho articulado da Suder em estreitar o relacionamento dos empresários rondonienses com mercados internacionais. ”Tem nos apoiado aproximando as industrias junto ao mercado exterior através da câmara de comércio colocando empresários em contato direto com novos mercados”, afirma Leonardo. A Distriboi gera em Rondônia aproximadamente 1.2 mil empregos direto. Já exporta para Hong Kong, Egito e Chile e está em negociação para atingir novos mercados.

Rondônia vive uma nova fase onde onde o mundo começa a abrir mais portas para a produção do Estado. ‘‘O governo vem disponibilizando total apoio ao acesso ao mercado, fornecendo assessorias e indicando acessos que em anos anteriores não tínhamos’’, avalia o diretor-geral da Central Agrícola, Marcelo Lucas da Silva. A empresa exporta 70% da produção de milho para mercados da Ásia através de tradings localizadas em Porto Velho e gera 85 empregos diretos.

Os olhos do mercado internacional começam a enxergar a produção rondoniense como bons negócios. ‘‘A Suder tem ajudado muito a mostrar aos empresários rondonienses que existem novos mercados a serem conquistados, tem nos apoiado através de conhecimento, trazendo compradores e inclusive a promoção dos produtos de Rondônia no exterior que é essa a parte mais difícil para a exportação, o marketing internacional. O que depende de um trabalho conjunto com a Suder para mostrar todo o potencial de nossos produtos’’, afirma o gerente-comercial da Inovam Brasil, Lucas Santana. A Inovam está localizada no município de Ji-Paraná e já exporta castanhas para o Japão e Argentina. Está em processo de negociação para exportar para os Estados Unidos.

Empreendedores rondonienses do agronegócio articulam novos mercados 

Além dos países vizinhos como Peru e Bolívia, o Estado tem despertado o interesse da África. ‘‘Nigéria, Namíbia e Zimbabué são países africanos que sempre nos prestigiam na Rondônia Rural Show e temos um estreitamente comercial bastante interessante. Eles têm interesse no nosso pescado’’, disse o superintendente Basílio Leandro. Segundo ele, outro país que tem se aproximado de Rondônia é a Coreia do Sul. ‘‘Nós tivemos recentemente visitando a Coreia do Sul onde conversamos com empresários de diversas áreas e percebemos que eles têm muito interesse no nosso café, levamos amostras e teve uma aprovação excelente. A castanha também interessa a eles e nós articulamos o contato deles com um empresário de Ji-Paraná e em breve esse empresário deve ir a Coreia do Sul já com intuito de celebrar novos negócios’’, relata Basílio. E já tem outros negócios sendo articulados. ‘‘Temos um empresário do setor de peixes que está indo a Nigéria e a Gana e deve gerar um pouco mais de volume para a economia de Rondônia’’, espera o superintendente.

Além desses novos mercados que começam a abrir as portas para Rondônia, a produção do Estado já tem destinos internacionais consolidados. Os principais destinos das exportações de Rondônia são Hong Kong, China; Espanha; Rússia; Egito; França; Países Baixos; Reino Unido; Turquia e Arábia Saudita. A soja é o principal produto exportado, o que gerou US$ 449 milhões. A carne bovina é outro produto muito requisitado fora do País tendo um faturamento de US$169 milhões.



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