Nos últimos dias a população da cidade de Porto Velho tem reclamado das altas temperaturas. Segundo o meteorologista Diego Silva, do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam-RO), as altas temperaturas, baixa umidade relativa do ar, tempo aberto e sem chuvas são consideradas condições normais do período seco. Ele observou que uma vez ou outra, outros fenômenos podem contribuir para que o período seco seja mais severo ou mais ameno.

De acordo com Diego Silva, o mês mais quente do período foi o mês de agosto, registrando 36,6ºC de temperatura máxima, onde o esperado seria 34,3º. “As altas temperaturas e a falta de chuvas são comuns no período seco. Isso é característico do verão amazônico (Inverno Austral). As duas variáveis não tem uma relação direta nesse caso”, explicou o meteorologista.

O mês de setembro é conhecido como período de transição entre o período seco e o chuvoso. É um mês em que já é possível a ocorrência de maiores volumes de chuvas e mais frequentes, onde é possível observar mais formações de nuvens e redução nas temperaturas.
Em agosto deste ano foi registrado o acúmulo de chuvas superior ao esperado pela climatologia, por conta de um evento isolado. Eram esperados 45,5mm de chuva acumulada no mês de agosto e foram registrados 76,8mm.

“Agora no mês de setembro já houve algumas chuvas isoladas e há previsão de que ocorram mais. Por ser um mês de transição já é possível observar essas ocorrências de chuvas com mais frequência”, disse Diego Silva. Conforme informações do Sipam-RO, para os próximos dias não há previsão de ventos fortes, mas está previsto a ocorrência de pancadas isoladas de chuvas, que podem ser acompanhadas de trovoadas. Para o meteorologista Diego Silva, ainda não há umidade na atmosfera suficiente para temporais na capital.

Ainda de acordo com o meteorologista, as fumaças não colaboram para as altas temperaturas, porém contribuem e influenciam para diversos outros problemas para a saúde, meio ambiente e qualidade do ar.

O Sipam-RO orienta a população a usar roupas confortáveis, mas que protejam todo o corpo, beber bastante água, sucos naturais, usar protetor solar, evitar atividades ao ar livre, principalmente em horários de maior incidência do sol e redobrar os cuidados com os idosos e crianças.