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Diário da Amazônia

Situação nos presídios é debatida com defensores

Objetivo do governo é encontrar solução para a superlotação de presídios em diversos estados.

Por Agência Brasil
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Publicado: 11/01/2017 às 05h50min | Atualizado 11/01/2017 às 15h24min

Ministro Moraes anunciou na reunião que os Estados receberão apoio do Governo Federal

Em meio à crise após o massacre em unidades prisionais que deixou cerca de 100 mortos nos últimos dias, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, se reuniu com defensores públicos-gerais dos Estados e da União.

Tópicos do Plano Nacional de Segurança Pública, anunciado pelo Governo Federal na semana passada, são pontos de pauta do encontro, como a redução do número de prisões provisórias e a adoção de penas alternativa para crimes menos graves.
Dez pessoas se reuniram com Moraes, entre representantes das defensorias do Distrito Federal, do Amazonas, e de São Paulo. De acordo com a pasta, as discussões são um desdobramentos do plano. O objetivo do governo é encontrar soluções para a superlotação das penitenciárias em diversos Estados brasileiros.

Há exatamente um mês, dias antes do assassinato de 56 presos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), dois detentos denunciaram à Justiça do Amazonas um esquema de corrupção no presídio.

Ontem o ministro da Justiça anunciou que o governo vai apoiar os Estados que solicitaram ajuda federal, inclusive com o envio de equipamentos e agentes da Força Nacional. Outra medida solicitada pelos Estados é a transferência de presos de alta periculosidade para penitenciárias federais.

Exoneração

Na manhã de ontem foi confirmada a exoneração do diretor interino do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), José Carvalho da Silva, pelo governador do Amazonas, José Melo (Pros).

Motivo foi a denúncia feita por detentos que acusaram o ex-diretor de supostas práticas de corrupção ligadas à facção Família do Norte (FDN). A informação foi confirmada pelo secretário de Segurança Pública do Estado, Sérgio Fontes, no início da tarde desta terça. A rebelião conduzida pela FDN no Compaj no domingo retrasado deixou 56 mortos.



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