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A subutilização da força de trabalho em Rondônia

Rondônia está entre os Estados da federação que fecharam o quarto trimestre de 2017 com a menor taxa de desocupação, 7,3% ao lado de..

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Publicado: 24/02/2018 às 06h30min

Rondônia está entre os Estados da federação que fecharam o quarto trimestre de 2017 com a menor taxa de desocupação, 7,3% ao lado de Santa Catarina (6,3%) Mato Grosso do Sul (7,3%), Mato Grosso (7,3%) e Rio Grande do Sul (8,0%). No entanto, Rondônia figura na lista das maiores taxas de subutilização da força de trabalho, o que revela um indicador nada favorável a um Estado cuja vocação está no crescimento do agronegócio. Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C) que foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa combinada da desocupação e da força de trabalho potencial, que abrange os desocupados e as pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar (força de trabalho potencial), foi de 17,8% no 4º trimestre, o que representa 20,0 milhões de pessoas. No 3º trimestre de 2017, para o Brasil, essa taxa foi de 18,3% e, no 4º trimestre de 2016, de 17,4%. Já a taxa média anual ficou em 18,4%.

Entre as unidades da Federação, no 4º trimestre as maiores taxas combinadas foram registradas em Alagoas (31,0%), Maranhão (27,4%), Piauí (27,2%), Amapá (26,6%), Rio Grande do Norte (26,1%) e Bahia (26,1%) e as menores foram observadas em Santa Catarina (8,4%), Rio Grande do Sul (10,8%), Rondônia (11,0%) e Mato Grosso (11,6%).

No ano passado existiam 26,8 milhões de pessoas sem trabalho adequado no País. Durante o período de novembro, até fevereiro deste ano, apenas 6 milhões de pessoas conseguiram um emprego adequado. É bom destacar que trata-se apenas de emprego adequado, uma vez que em dezembro do ano passado eram 13 milhões de pessoas em busca de emprego.

A taxa de subutilização da força de trabalho, segundo os parâmetros do IBGE, agrega a população desocupada, os subocupados por insuficiência de horas e os que fazem parte da força de trabalho potencial. Trata-se de uma pesquisa inédita e que avaliou os chamados subocupados por insuficiência de horas. A taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação é relativa as pessoas ocupadas com uma jornada de menos de 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar em um período maior, somadas às pessoas desocupadas.

De fato a economia conseguiu reagir nos últimos meses por conta das festas de final de ano e o impulso produzido na geração de empregos por conta do último carnaval, principal na região Nordeste do Brasil, que conseguiu atrair uma quantidade maior de turistas. Rondônia também tem condições de sair de quadro crítico da subutilização da força de trabalho.



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