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PLANTÃO DE POLÍCIA

Suspeito de matar uruguaio se entrega, em Ji-Paraná

Investigado deve ser indiciado por porte de arma e homicídio, segundo o delegado.

Por Redação Diário da Amazônia
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Publicado: 19/04/2017 às 06h25min

O comerciante deu depoimento na delegacia e foi recolhido ao Presídio Central da cidade

O comerciante Thiago Fernandes se entregou na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Ji-Paraná na tarde da última segunda-feira (17) e confessou ter atirado e matado o uruguaio Matías Galindez Rodriguez em um posto de combustíveis na região central da cidade. Acompanhado de seu advogado, Thiago Fernandes deu sua versão para o crime e deve ser indiciado por porte de arma de fogo e homicídio.

Segundo o delegado Luiz Carlos Hora, responsável pelas investigações, o suspeito contou que a discussão começou após ele se negar a pagar uma cerveja à vítima, que teria dado um tapa no rosto de Thiago.

Durante o depoimento, o jovem contou que estava armado para se proteger e que não tinha qualquer intenção de cometer o crime, mas foi várias vezes empurrado pela vítima. Então sacou a arma e atirou para o chão, para intimidar Matías. Porém, o uruguaio não teria ficado intimidado e o jovem realizou os disparos com a pistola de calibre 380.

Thiago foi preso preventimamente e recolhido ao Presídio Central de Ji-Paraná, e deve ficar detido até a finalização do inquérito policial. O investigado deverá responder por porte ilegal de arma de fogo e homicídio.

“Ele foi recolhido em prisão preventiva, deve permanecer assim até o final da instrução do inquérito. Ele poderá responder por homicídio simples, se essas qualificadoras não forem concretizadas, ou responder por homicídio qualificado e pelo crime de porte ilegal de arma de fogo”, explicou o delegado.

O delegado destacou ainda que, em consequência, o suspeito não sendo pessoa que tenha registro e porte de arma, foi indiciado por este delito. Pois, não se trata de um caso em que o instrumento é utilizado unicamente para concretizar um crime. São condutas autônomas.

Entenda o caso

O uruguaio Matías Galindez Rodrigues levou dez tiros na manhã do sábado (8), em um posto de gasolina no 1º Distrito, e morreu na madrugada do domingo (9), no Hospital Municipal de Ji-Paraná (RO). Segundo a PM, os tiros acertaram a região do tórax, abdômen e pernas da vítima.

Segundo testemunhas, a vítima e seu irmão estavam no posto de combustível quando uma discussão teve início entre o suspeito e o irmão da vítima, no interior da loja de conveniência. O suspeito saiu da loja, sacou uma pistola de calibre 380 e realizou cerca de dez disparos e depois fugiu em um carro de cor prata.

A mãe da vítima, chegou a Ji-Paraná na terça-feira (11) e não se conformou com a forma brutal que o filho morreu. “Ele era um artista, fazia o bem e nunca fez o mal. Uma pessoa de paz, tranquilo. Que demonstrava sua felicidade. Ele não merecia ter morrido assim. Por que ele era uma pessoa de paz e sofreu uma morte violenta, mas ele não era violento”, lamentou.



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