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Diário da Amazônia

Suspeitos da lista de Janot são os de sempre

Janot pede para investigar dois ex-presidentes República e cinco ministros.

Por Diário do poder
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Publicado: 16/03/2017 às 07h05min

Não durou sequer meia hora o “sigilo” da “lista de Janot”: os nomes começaram a vazar tão logo os 320 pedidos de inquérito foram enviados pela Procuradoria Geral da República ao Supremo Tribunal Federal. Os políticos são os “suspeitos de sempre”, já citados em outras delações, como os ex-presidentes Lula e Dilma e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral).

Dois ex-ministros da Fazenda da era PT, Antonio Palocci e Guido Mantega, também já investigados em outros casos, estão na lista. Também estão nessa nova “lista de Janot” tucanos ilustres, como os senadores Aécio Neves (MG), José Serra (SP) e Aloysio Nunes (SP).

Estão na “nova lista” os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (PMDB-CE), do Senado. Ambos já citados. Há dois anos, em março de 2015, Janot pediu ao STF 27 inquéritos para investigar cerca de 50 políticos. Até agora, apenas 5 viraram réus.

“Democracia sob ataque”

No dia em que enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), 83 pedidos de abertura de inquérito, contra ministros do governo Temer, deputados e senadores -, o procurador-geral da República Rodrigo Janot escreveu uma carta a seus pares em que aponta para ‘a triste realidade de uma democracia sob ataque’.

Janot destacou que a Instituição tem dois desafios: manter a imparcialidade e zelar pela coesão interna. O procurador apontou que as delações de executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht ‘mostram a triste realidade de uma democracia sob ataque, tomada pela corrupção e pelo abuso do poder econômico e político’.

Mais de 300 pedidos no supremo

Rodrigo Janot relatou aos colegas da Procuradoria que apresentou 320 pedidos ao Supremo, sendo 83 de abertura de inquérito. Comprometeu-se a manter a condução da Lava Jato ‘sob o compasso da técnica e com a isenção que se impõe’.

Na carta aos procuradores, Janot afirma ser ‘um democrata convicto’ e que continua na ‘sua missão de defender o regime democrático e a ordem jurídica’.

Segundo ele, o sucesso das investigações até aqui ‘representa uma oportunidade ímpar de depuração do processo político nacional para aqueles que acreditam ser possível fazer política sem crime e para aqueles que crêem que a democracia não é um jogo de fraudes, mas sim um valor essencial ao desenvolvimento de um País’.



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