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Carlos Sperança

coluna

Publicado: 22/02/2018 às 06h20min

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Tirando o sono

Tem uma coisa tirando o sono dos candidatos ao Senado em Rondônia. Trata-se do segundo voto, já que temos duas vagas para serem renovadas..

Tem uma coisa tirando o sono dos candidatos ao Senado em Rondônia. Trata-se do segundo voto, já que temos duas vagas para serem renovadas e o histórico de surpresas no passado reforça as noites insones dos chamados “favoritos”, se é que possa ser definida esta condição num pleito tão cheio de incógnitas.

É por causa do destino do segundo voto que o governador Confúcio Moura (MDB) hesita em fazer uma dobradinha com o senador Valdir Raupp que busca a reeleição. Ele fareja desvantagem porque uma aliança com Raupp – desgastado com a Lava Jato – pode lhe render prejuízos na contenda.

Este negócio do segundo voto já pregou uma peça em Expedito JÚnior – favorito então – no pleito em 2002, quando Fátima Cleide, surfando na popularidade de Lula, lhe tirou o pão da boca. Surpresa é o que não falta na peleja ao Senado: Ivo Cassol era o favorito para ser o mais votado na eleição de 2010, mas Raupp levou a melhor.

Partidos em ação

Passado o carnaval, os políticos começaram a se mexer em torno das eleições de outubro. O PT de Roberto Sobrinho se reuniu em Porto Velho, o DEM de Marcos Rogério e Bianco em Ji-Paraná, o PSL do presidenciável Bolsonaro na Zona da Mata. Os encontros servem para definir candidatos e encaminhar assuntos partidários, principalmente para a formação de nominatas para a disputa da Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados.

Os pré-candidatos

O PT deixou de brigar entre si, e já tem algumas pré-candidaturas anunciadas, como a professora Fátima Cleide, ao Senado. Para a Câmara dos Deputados dois nomes já sobejamente conhecidos e que já cumpriram mandatos eletivos, como os ex-parlamentares Anselmo de Jesus e o ex-padre Ton. Para a Assembleia Legislativa o deputado Lazinho ponteia a lista dos pré-candidatos, já que o ex-prefeito Roberto Sobrinho teria desistido da empreitada.

Campanha reforçada

A coalizão que envolve o PP, de Ivo Cassol, o PSDB de Expedito Júnior, o PR de Luiz Cláudio e o PSD de Expedito Netto está se reforçando para a campanha de outubro montando um jornal impresso, ampliando assim a força da rede de emissoras de rádio do senador Ivo. Ainda não se sabe se o periódico terá a sede em Cacoal, o novo domicílio de Jaqueline Cassol, que pleiteia uma cadeira na Câmara Federal; ou em Porto Velho, principal colégio eleitoral do Estado.

Uma revoada

Com a adesão do ex-prefeito Melki Donadon, o PDT do Sul rondoniense está recebendo uma revoada de filiações de outras agremiações partidárias. Como se sabe, Melki vai disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados, em outubro, e já está correndo trecho pelo Estado. Ele também tem bases na Zona da Mata e região do Café, além de uma boa penetração no segmento evangélico.

A insistência

O ex-prefeito de Porto Velho, José Vieira Guedes, insiste em ser o candidato ao governo de Rondônia pelo PSDB, depois de ter sido insuflado e levado uma rasteira de Expedito Júnior, o escorpião. O problema é que quem tem a maioria no Diretório Estadual é Expedito, e agora ele também pleiteia o mesmo cargo. O resultado é que Guedes será rifado. Se quiser, poderá disputar o Senado, Câmara dos Deputados ou a Assembleia Legislativa.

Via Direta

*** O DEM já tem dois fortes candidatos à Câmara dos Deputados: Marcos Rogério, de Ji-Paraná, que vai à reeleição; e Lucas Follador, vice-prefeito de Ariquemes *** Nenhum secretário do prefeito Hildon Chaves fala em se desincompatibilizar para disputar cargos eletivos *** Tempos bicudos no Paço Tancredo Neves *** Bastidores: o que se vê é que se o governador Confúcio Moura deixar o MDB uma carrada de prefeitos e vereadores segue junto. O partido esfarela.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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