Porto Velho/RO, 11 Abril 2024 18:09:14

Um belo exemplo à população de Humaitá

As prisões de lideranças políticas e garimpeiros coordenadas ontem pela Polícia Federal no município de Humaitá, no Sul do Amazonas,..

A- A+

Publicado: 28/03/2018 às 09h20min

As prisões de lideranças políticas e garimpeiros coordenadas ontem pela Polícia Federal no município de Humaitá, no Sul do Amazonas, é uma resposta contra os atos criminosos ocorridos na cidade amazonense contra o patrimônio público. No último dia 27 de outubro, moradores da cidade atearam fogo e destruíram prédios públicos, veículos e móveis do Ibama, ICMBio e Incra. A ação foi contra a operação policial Ouro Fino, que resultou na apreensão de dragas que estavam operando ilegalmente no rio Madeira, em Porto Velho.

A grande surpresa da operação “Lex Talionis”, que envolveu mais de 150 policiais federais, foi a prisão de políticos, que na verdade, deveria dar um bom exemplo para a sociedade. E o mais curioso é que essas pessoas foram eleitas para legislarem em benefício da população, defender o bem público e honrar a confiança depositada pelos eleitores nas urnas.

Quando um político é diplomado pela Justiça Eleitoral, após a deflagração do resultado nas urnas, é feito uma promessa perante o público de honrar os votos recebidos nas urnas. Parece que em Humaitá a situação foi totalmente diferente. Segundo investigações em poder da Polícia Federal, os políticos estavam incitando a população a invadir os prédios públicos. Ocorre que a mobilização ganhou as proporções que muitos desconheciam e o patrimônio público se tornou o principal alvo dos garimpeiros.

Graças ao trabalho da Polícia Federal, foi possível identificar as pessoas responsáveis pela depredação do patrimônio público e os incentivadores, de acordo com o Código Penal, também responderão por processo criminal e correm o risco de serem banidos da vida pública. No município de Humaitá, a operação policial ganhou apoio da sociedade e deve servir de exemplo para outros manifestantes de plantão.

Muitos leitores de Humaitá ainda recordam que em 2014, o prédio da Fundação Nacional do Índio (Funai) foi alvo de ataques.

O assunto ganhou destaque na mídia nacional. A população ainda ateou o fogo em barcos da Funai que faziam atendimento aos índios no Sul do Amazonas. Os prejuízos passaram de R$ 1 milhão e foi uma resposta pelas mortes de três pessoas na região. Até hoje não foram identificados os culpados pelo ato criminoso. As prisões de políticos e garimpeiros ocorridas ontem podem servir de exemplo à população e mostra que a Justiça pode até demorar, mas em determinado momento a punição será eficaz e necessária.



Deixe o seu comentário