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Um jantar para negociar apoio para Reforma

A ntes de embarcar ontem para Rondônia, constava na agenda do presidente Michel Temer um jantar no Palácio da Alvorada para deputados da..

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Publicado: 23/11/2017 às 06h30min

A ntes de embarcar ontem para Rondônia, constava na agenda do presidente Michel Temer um jantar no Palácio da Alvorada para deputados da base aliada. O peemedebista faz os últimos acordos para colocar em votação a reforma da Previdência e espera contar com os 308 votos que são necessários para a aprovação.

Temer afirmou ontem, em solenidade em Brasília, que a proposta de reforma da Previdência, atualmente em tramitação no Congresso Nacional, vai evitar o colapso das contas públicas e garantir o pagamento de benefícios e de salários do setor público.

Ele afirma que todos os dados indicam que, se não fizermos a reforma da Previdência, podemos entrar em clima de países da Europa, que deixaram para muito tarde e, quando tentaram fazê-la, tiveram que cortar 40% das aposentadorias, 40% dos salários, dos vencimentos dos funcionários públicos.

Ontem, o presidente nomeou o deputado Alexandre Baldy (sem partido-GO) para tomar posse como ministro das Cidades. A mudança faz parte de uma estratégia para agradar partidos do chamado ‘Centrão’ com postos de comandos na Esplanada. Em troca, o Planalto espera garantir apoio para a votação da reforma da Previdência.

Temer conta com apoio de vários partidos, entre eles do PP, legenda que tem o maior número de parlamentares investigados na operação Lava Jato, inclusive com suspeitas de recebimentos de propina durante a construção das usinas do rio Madeira, em Porto Velho. O PP, que em Rondônia é presidido pelo senador Ivo Cassol, foi fiel a Temer e garantiu votos suficientes no Senado para votação da Reforma Trabalhista.

A reforma da Previdência é necessária para garantir o equilíbrio das contas públicas do governo, mas o aumento do tempo de contribuição do funcionalismo pode representar um outro grande problema nas contas do Governo Federal. Um relatório em poder do Ministério do Planejamento, mostra um número considerado de servidores que estão bem próximo de se aposentar.
Boa parte da força de trabalho do Governo Federal já passa dos 55 anos de idade e terá de trabalhar um pouco mais, caso a reforma seja aprovada da forma como está em discussão na Câmara dos Deputados.

Temer corre contra o tempo e espera o momento oportuno para colocar em votação a reforma da Previdência. O governo sabe que perdeu força na Câmara dos Deputados após os últimos escândalos de corrupção envolvendo o nome do peemedebista. O grande problema é que no próximo ano haverá eleição e os congressistas que apoiam hoje Michel Temer serão julgados amanhã nas urnas.



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