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Carlos Sperança

coluna

Publicado: 07/11/2017 às 06h20min

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Um novo cenário

Uma nova janela partidária em março, permitida aos políticos com mandato para trocar de legendas sem as punições previstas em lei e a..

Uma nova janela partidária em março, permitida aos políticos com mandato para trocar de legendas sem as punições previstas em lei e a definição final das regras eleitorais e julgamentos de políticos na Justiça Eleitoral darão um novo cenário para as eleições de outubro de 2018. As expectativas de acomodações são enormes e o PMDB em Rondônia pode perder pelo menos dois deputados estaduais buscando mares mais calmos para seus projetos de reeleição, fugindo do “grupo da morte”.

Passados o Natal, Ano Novo e o Carnaval será possível medir a força dos três principais blocos com suas respectivas alianças na busca do poder e avaliar as caras novas que ameaçam entrar na peleja. Pode-se esperar de tudo na disputa, até a união do PMDB com o PT, um quadro que vai se desenhando Brasil afora.

Em Rondônia já estão formados três grandes blocos na disputa do governo Estadual. Bloco 1 – Liderado pelo PDT e PSB tendo como pré-candidato ao governo Acir Gurgacz. Bloco 2- une o PP de Ivo Cassol, com o PSDB de Expedito Junior (este pode trocar de partido). O candidato ao governo sairia do PSDB e o vice do PP Bloco 3 – e o frentão governista, pilotado pelo candidato do PMDB, Maurão de Carvalho.

Pulando cirandinha

Que Lula, Aécio e Temer estão unidos com suas bancadas no Congresso para salvar o pescoço já não é novidade nenhuma. Então não é surpresa, que os trigêmeos siameses, PT, PMDB e PSDB estejam alinhados nas disputas dos governos estaduais em vários Estados. “Golpistas” e “golpeados” estão juntos desde o início. Desde a queda de Dilma que cedeu o posto a Temer para livrar todo mundo da Lava Jato. A presidenta só caiu por não aceitar salvar o couro dos congressistas mãos grandes.

A explosão

O final do ano de 2017 vai se aproximando com índices de criminalidades jamais vistos em Porto Velho, em Rondônia e no Brasil. Na capital rondoniense, as cracolândias se espalham, os noiados tomam conta do centro histórico à noite como verdadeiros zumbis daquelas histórias de terror. Sem controle, os apenados saem das celas para roubar e assaltar à noite e voltam pela manhã – quando voltam! – para a cadeia. Até quando?

Crime organizado

As recentes delações quanto ao Rio de Janeiro reafirmam claramente o que a opinião pública já sabia há muito tempo. Trata-se do envolvimento do crime organizado nos governos estaduais e o caso mais escancarado é no governo carioca – e não é coisa recente – pois sucessivos governadores se ajoelharam aos bicheiros, traficantes, banqueiros e empreiteiros para chegar ao poder.

Golpes comuns

Em conluio com o crime organizado, muitos governos estaduais – e também prefeituras onde a prática é até mais comum – instalam células no setor de compras e licitações de obras, saúde, aluguel de imóveis, de máquinas, caminhões pau velho, vigilância, marmitex para hospitais e presídios, lavagens de roupas hospitalares etc. Muita coisa é feita com a complacência dos organismos fiscalizadores, verdadeiros sócios…

Com as empreiteiras

Nos governos de Lulalá e da presidenta seguiu-se o modus operandi dos tucanos e o que continua vigorando no combalido governo Temer. A compra de parlamentares do Congresso, o superfaturamento com as empreiteiras de casas populares, pontes e estradas. Em tantos casos as empreiteiras recebem certo montante – dividido com os políticos – e abandonam as obras. Quando não entregam casas e apartamentos rachados.

Via Direta

*** As próximas semanas serão decisivas para mudanças nos diretórios regionais em Rondônia *** Também caciques aspirando disputar o governo e Senado estudam mudanças de siglas *** O PDT se prepara para o encontro estadual no final de semana em Porto Velho *** O PMN deseja indicar o deputado estadual Jesuíno Boabaid de vice do candidato Maurão de Carvalho (PMDB) *** Seria um reforço para a chapa governista.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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