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Diário da Amazônia

Uma reposta a mobilização dos caminhoneiros

O anúncio de cortes para importantes obras de melhorias da malha viária das estradas do Brasil, conforme mostrou o jornal O Globo,..

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Publicado: 02/06/2018 às 07h00min

O anúncio de cortes para importantes obras de melhorias da malha viária das estradas do Brasil, conforme mostrou o jornal O Globo, demonstra a total insatisfação do governo com o movimento grevista e, ao mesmo tempo, a falta de um compromisso da União com setor produtivo.

Os cortes no orçamento, de acordo com a reportagem de o Globo, atinge o pasta do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), órgão responsável pela manutenção e restauração e construção das estradas de responsabilidade do governo federal. A redução de recursos atingem projetos em vários estados, inclusive em Rondônia, a BR-364, principal via que integrar o corredor logístico do Estado.

A mobilização dos caminhoneiros serviu para mostrar o quanto a categoria é importante para o desenvolvimento do Brasil. Na realidade, eles são os grandes atores no escoamento da produção agrícola e são capazes de parar o Brasil. Ao reduzir recursos para obras importantes, significa que os caminhoneiros não terão estradas conversadas e o preço do frete terá forte tendência de sofrer um reajuste nos próximos dias.

As rodovias da região Norte, pra variar, sempre foram as mais castigadas em função do pouco investimento, mas o documento mostrou uma significativa melhoria. O relatório da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgado em 2014, é indicativo dessa afirmativa. Para a Confederação, o panorama deficitário das rodovias brasileiras é uma consequência direta do histórico de um baixo nível de investimentos em infraestrutura.

Não há como negar que a decisão do governo de lançar o Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC Rodovias, foi um caminho perfeito no reconhecimento da melhoria da malha viária federal, mas o programa encontrou pelo caminho dificuldade de implementação de projetos.

A dificuldade da implementação de projetos acaba gerando um custo muito alto aos cofres do governo federal. No passado, foram 186.581 acidentes nas estradas com 8.551 vítimas fatais. O custo dos acidentes representou R$ 17,7 bilhões aos cofres públicos. Nessa pesquisa, somente 37,9% das rodovias foram avaliadas como ótimo ou bom. Na região Norte, obteve o maior percentual, 82,3%, de trechos classificados como regular, ruim ou péssimo.

Mais uma vez, os caminhoneiros são os mais prejudicados com os cortes no orçamento do DNIT. Na BR-364, por exemplo, mais de 20 acidentes foram registrados envolvendo caminhoneiros. A falta de sinalização e péssimas condições da BR-364, contribuem para o aumento das estatísticas. O governo, mais uma vez, demostra a total falta de compromisso com quem realmente carrega o Brasil.



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