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Diário da Amazônia

Unir e Ifro fazem mostra de cinema indígena

A abertura da mostra será na terça-feira (20), às 19h, com a exibição do documentário Martírio (2016).

Por Assessoria
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Publicado: 15/06/2017 às 05h30min

O documentário Delírio será uma das produções que será exibida na mostra de cinema da Unir/Ifro Vilhena

A Fundação Universidade Federal de Rondônia (Unir) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (Ifro) realizam de 20 a 22 de junho a mostra de cinema indígena.

Estão previstas as exibições de quatro documentários e debates. O evento ocorrerá no auditório do Campus de Vilhena do Ifro, localizado na BR-174, nº 4334, Km 03, com entrada gratuita. Os interessados em receber certificado devem se inscrever em https://www.even3.com.br/cineunirifro até o dia 20 de junho.

A abertura da mostra será na terça-feira (20), às 19h, com a exibição do documentário Martírio (2016), de Vincent Carelli, codirigido com Ernesto de Carvalho e Tatiana Almeida. O filme conta a saga dos índios Guarani Kaiowá para retomar suas terras, buscando as origens do genocídio desse povo na região do Mato Grosso do Sul em um conflito de forças desproporcionais: a insurgência pacífica e obstinada dos despossuídos Guarani Kaiowá frente ao poderoso aparato do agronegócio.

A mostra que começa no próximo dia 20 vai exibir o documentário Corumbiara

No segundo dia do evento, quarta-feira (21), haverá três sessões. O documentário Duas Aldeias, Uma Caminhada (2008), de Ariel Ortega, Jorge Morinico e Germano Beñites, será exibido às 8h e às 14h. Esse filme, resultado de uma oficina de audiovisual do projeto Vídeo nas Aldeias, mostra o dia a dia de duas comunidades indígenas no Rio Grande do Sul unidas pela mesma história, do primeiro contato com os europeus até o intenso convívio com os brancos de hoje.

Ainda na quarta-feira, às 19 h, ocorrerá a projeção de Serras da desordem (2006), de Andrea Tonacci, que conta a história de Carapirú, um índio nômade que, após escapar do massacre de seu grupo familiar em 1978, perambula sozinho pelas serras do Brasil Central até ser capturado, dez anos depois, a 2 mil quilômetros de distância do seu ponto de fuga/partida. Levado para Brasília pelo sertanista Sydney Possuelo, torna-se manchete nacional e centro de polêmica criada por antropólogos e linguistas quanto à sua origem e identidade.

Na quinta-feira (21), último dia da mostra, haverá a exibição de Corumbiara (2009), de Vincent Carelli. Em 1985, o indigenista Marcelo Santos denuncia um massacre de índios na Gleba Corumbiara, interior de Rondônia, e Vincent Carelli filma o que resta das evidências. Bárbaro demais, o caso passa por fantasia, e cai no esquecimento. Marcelo e sua equipe levam anos para encontrar os sobreviventes. Duas décadas depois, o documentário revela essa busca e a versão dos índios.

O objetivo da mostra é dar visibilidade à temática indígena, constituindo um espaço de discussão e debate em que a experiência fílmica se torne uma ferramenta de educação e estimule o desenvolvimento do pensamento crítico sobre a realidade indígena brasileira.

O evento é uma realização do projeto de extensão universitária Cine Unir, cineclube do Campus de Vilhena, promovido pelos Departamentos de Administração, Ciências da Educação, Comunicação Social/Jornalismo e Estudos Linguísticos e Literários, em parceria com o Departamento de Extensão do Campus de Vilhena do Ifro. (Unir)



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