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Diário da Amazônia

Vacina previne perdas “invisíveis” na estação de monta

Além dos cuidados básicos com a qualidade do material genético, outra preocupação diz respeito à saúde das matrizes.

Por Assessoria
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Publicado: 05/11/2017 às 06h00min

É chegada a estação de monta na pecuária brasileira. Independente da cobertura da vacada ocorrer por meio de touros, inseminação artificial em tempo fixo (IATF) ou transferência de embriões (TE) é neste período que os pecuaristas mais organizados e veterinários voltam a atenção para os índices reprodutivos e o melhoramento genético do rebanho. Além dos cuidados básicos com a qualidade do material genético utilizado e a nutrição adequada, uma preocupação recorrente no período é em relação à saúde das matrizes. Se uma vaca repete cio constantemente, nem sempre é pelo fato de não ter emprenhado. Ela pode estar sofrendo da Síndrome Reprodutiva dos Bovinos (SRB). Enfermidades deste gênero causam uma queda considerável na produção de bezerros, sem entrar em estatísticas oficiais. “Muitas das doenças da SRB causam abortos e morte das reprodutoras, mas outras são decorrentes da absorção do embrião, gerando perdas invisíveis aos olhos do tratador”, alerta a médica veterinária Bibiana Carneiro, Counter Manager da Tecnovax do Brasil.

Para combater o problema, a empresa traz à pecuária brasileira a vacina Providean® REPRO 12, que como o próprio nome sugere possui antígenos bacterianos e virais contra doze diferentes doenças, muitas das quais endêmicas em determinadas regiões do País. “Esse grupo de doenças causa grande impacto econômico, principalmente nos rebanhos de cria, onde se utiliza a IATF”, explica a médica veterinária. A vacina já chega sendo a mais completa do mercado, com sete sorotipos de Leptospirose, duas cepas de Campilobacter e uma de Haemophilus, todas de campo e inativadas.

O problema é que nem sempre elas apresentam sintomas ou sinais clínicos evidentes, transferindo à vacinação a forma mais eficaz de controle.

Estimativas do setor apontam que a sanidade animal representa somente 3% dos custos totais de produção, com o valor da vacina já embutido neste investimento. A recomendação é que bezerras sejam vacinadas a partir dos quatro meses de idade, com reforço 30 dias após a primeira dose, porque, após a contaminação, o herpesvírus da IBR acomete o animal por toda a vida. Considerando a tendência de as fêmeas entrarem em reprodução em algum momento da vida, a prevenção do aborto é sempre mais barata do que adiar a vacinação e ter de conviver com uma vaca-problema. O reforço vacinal é feito cerca de 15 dias antes do animal entrar em serviço. Touros também devem ser imunizados.



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