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Violência em alta e o reflexo na segurança

A semana foi marcada por arrastões em pleno centro comercial de Porto Velho, roubo seguido de sequestro, assaltos nas paradas de ônibus...

Por Marcelo Freire
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Publicado: 13/05/2017 às 12h07min

A semana foi marcada por arrastões em pleno centro comercial de Porto Velho, roubo seguido de sequestro, assaltos nas paradas de ônibus e assassinatos nas zonas Sul e Leste, regiões consideradas com os maiores índices de violência da capital. A sexta-feira encerrou com uma tentativa frustrada de assalto a uma agência bancária do Banco do Brasil no município de Candeias do Jamari, uma cidade até então considerada pacata.

Ainda em Rondônia, na última quinta-feira, uma operação policial culminou com a prisão de uma quadrilha que atuava no ramo do tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O grupo foi desarticulado através da operação ‘Vasos de Ouro’ deflagrada pela Polícia Federal em diversos municípios de Rondônia e estados da região Nordeste e Sul. O esquema consistia em criar empresas falsas e traficar drogas. Esse tipo de crime só contribui para o aumento da violência.

Ocorre que a violência não é uma exclusividade dos grandes centros. Ela já começa a migrar a passos largos para o interior do Estado. A chacina ocorrida recentemente na região de Conilza, no Mato Grosso, divisa de Rondônia, onde nove pessoas foram executadas, serviu de alerta para os órgãos de segurança e de reforma agrária.

Outro fato é que os presídios de Rondônia (e de todo o Brasil) estão ficando cada vez mais superlotados e não há vagas suficientes para receber os inimigos da Justiça que crescem em grande escala todos os anos. O governo do Estado inaugurou recentemente uma nova unidade prisional em Porto Velho para desafogar outros presídios, mas o estabelecimento de segurança já opera acima da capacidade e todos os finais de semana recebe novos inquilinos.

Para atender à grande demanda da superpopulação carcerária do Brasil, a solução dos governos é investir pesado na construção de novos presídios, dobrar as despesas com alimentação e segurança. Outra alternativa imediata é cumprimento de penas alternativas e a instalação de tornozeleiras em presos que estão cumprindo semi-aberto.

Os governos poderiam aproveitar a mão de obra dos apenados na construção de novos presídios. Reduziria os gastos com o processo de construção de novos estabelecimentos prisionais. Nesse caso, os Estados entrariam apenas com os recursos. Os orçamentos das secretarias de segurança pública nos Estados estão cada vez mais comprometidos todos os anos. Manter um preso no sistema prisional custa caro para os governos e população não concorda com essa conta no bolso do contribuinte.

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