O Viveiro Municipal, instalado no Parque Natural localizado no final da avenida Rio Madeira, atingiu neste mês um recorde na produção de mudas. A média da produção que girava em torno de 60 mil a 70 mil mudas, saltou para 90 mil e a meta é chegar a 150 mil mudas de espécies frutíferas, ornamentais e florestais até dezembro desde ano.
De acordo com a engenheira florestal, Ana Beatriz Compasi, responsável pelo viveiro, a reestruturação e o planejamento adequado para a distribuição dos trabalhos foi o fator primordial para se chegar a essa produção recorde de três mil mudas por dia, trabalho desenvolvido por apenas duas pessoas.
“Temos aqui doze funcionários trabalhando, mas só dois, por causa da experiência, é que trabalham nessa questão da produção, no manejo da muda, ou seja, quando ela atinge o tamanho ideal para ser transferida para o canteiro. Então dá para perceber o tamanho da responsabilidade que eles têm e também o volume do trabalho deles”, disse.
O viveiro é um local amplo e aberto à visitação pública e nele são produzidos espécies como o ipê (roxo, amarelo e branco); oiti, usado na arborização urbana por produzir sombra e não soltar a folhagem; capitão do campo; nin indiano, que é plantado geralmente em sítios que tem o efeito repelente.
Também são produzidas espécies nativas da floresta amazônica como o tauari, cedro, mogno, virola, seringueira — árvores em extinção proibidas de corte — e ainda o cacau do mato, o açaí e o patoá, que fazem parte da família das palmeiras, além de plantas para ornamentação de residências e de jardins.
Parte da produção do Viveiro Municipal é para atender ao programa de arborização urbana da prefeitura de Porto Velho com o plantio de mudas nas vias públicas. Outra parte é para atender as solicitações de instituições públicas como escolas e secretaria, e da própria população, quando há essa necessidade.
“As doações, por enquanto, estão suspensas. Mas devemos retomar essa ação a partir de outubro quando chegar o período das chuvas. Adotamos essa medida porque a muda tem mais possibilidades de vingar do que se for plantada no verão. E a procura tem sido muito grande”, explicou Ana Beatriz.