Dados de uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revelam que 24% dos devedores que acabaram de sair da inadimplência estavam no vermelho por emprestar o nome a terceiros no Brasil.
A prática é normal e muita gente faz na inocência para ajudar um filho, um amigo ou uma pessoa que se encontra em dificuldade. Pedir um empréstimo online ou recorrer a outras formas de crédito é normal. Todavia, não é à toa que algumas pessoas não são autorizadas a ter crédito. Isso por si só já deveria ser um sinal de alerta a quem empresta o cartão.
O mesmo inquérito das entidades de crédito mostrou ainda que 51% das pessoas que emprestam o nome na praça fazem isso com boas intenções, a fim de ajudar um ente querido. E até 16% dos entrevistados confessaram que o fizeram por vergonha de dizer não.
Cônjuges, colegas de trabalho e até filhos são os culpados da má situação financeira em que você poderá se encontrar ao emprestar os seus dados. Além disso, a prática pode ser considerada crime dependendo da situação.
Por que ficar alerta?
No momento em que você empresta o seu nome ou seu cartão de crédito para alguém, você é quem assume o compromisso com a entidade credora. É o seu nome que vai aparecer na loja ou banco em que o terceiro realiza a transação. Também será você que será procurado caso haja inadimplência.
Se a pessoa que realizou a compra não pagar, quem fica devendo é você! E isso não vale apenas para o contrato feito, é do ponto de vista legal mesmo.
A pesquisa da CNDL e do SPC também averiguou se quem pediu o cartão emprestado está pagando. Apenas 32% dos devedores paga mesmo o que deve.
Além disso tudo, tem outro fator: o risco de fraude. Quando você empresta os seus dados para alguém, não tem como controlar se os outros vão fazer um uso seguro. Se houver descuido e o seu cartão for fraudado, fica mais difícil reclamar para o banco ou para a instituição promotora do cartão.
Como dizer não?
Como você viu, muita gente cai nessa furada por medo ou vergonha de recusar o pedido. Não seja coração mole e aprenda a dizer não. Às vezes, a melhor forma de ajudar alguém é justamente negando o pedido. Assim você evita que ambos, você e a pessoa querida, contraiam dívidas.
O melhor mesmo é ser direto e honesto, para cortar logo o mal pela raiz. Evite também ficar anunciando por aí que a sua situação financeira é boa. Esse tipo de atitude atrai gente interesseira e oportunista. Procure manter suas transações em segredo, afinal, ninguém precisa saber o seu saldo da conta bancária.
