A Polícia Federal de Rondônia deflagrou na manhã desta sexta-feira (24) a segunda fase da operação “Dúctil”, e cumpre 10 mandados de busca e apreensão em Porto Velho, São Miguel do Guaporé (RO) e Guajará-Mirim (RO). A ação investiga fraudes na aquisição emergencial de materiais e insumos médico-hospitalares para atendimento das demandas da Secretaria de Saúde de Guajará-Mirim (RO) no combate à pandemia do novo coronavírus.
A operação é realizada em trabalho conjunto entre a Polícia Federal, Controladoria-Geral da União e Ministério Público Federal.
Segundo a PF, após análise dos materiais apreendidos na primeira fase da operação, principalmente celulares e documentos, foram encontrados indícios de atestados de capacidade técnica falsos e possível atuação de empresários em conspiração com agentes públicos da Secretaria Municipal de Guajará para concretizar a compra sem cumprir as exigências legais. Na primeira fase, os valores das contratações investigadas passavam dos R$ 21 milhões.
Os empresários investigados já foram indiciados anteriormente pelos crimes de fraude à licitação, falsidade ideológica e associação criminosa, por supostas fraudes em chamamentos públicos da Secretaria Estadual de Saúde de Rondônia (Sesau).
O nome da operação “Dúctil” faz referência a algo que pode ser conduzido, direcionado, em menção aos prováveis direcionamentos das licitações. O termo também tem relação com a situação dos investigados, que modificam o ramo de atividade da empresa, durante a pandemia, para participar de licitações milionárias realizadas pela Administração Pública.