O sonho daquela viagem para a Europa em 2020 agora é um pesadelo para o funcionário público Ronaldo Almeida. Há um ano planejou ir para a Espanha e agora faltando poucos dias para as suas férias o coronavírus vai impedir a decolagem.
Agora não é o vírus que preocupa Ronaldo e sim a dor de cabeça de tentar lidar com o cancelamento ou a alteração da data do seu voo junto a companhia aérea.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) aplicar a multa ao consumidor seria uma penalidade que ele não merece, tendo em vista que não foi ele que teve a causa.
A pandemia tem obrigado países a fecharem todos os principais pontos de aglomeração de pessoas, o que prejudicaria o turismo de Ronaldo na Espanha. O Procon tem orientado os consumidores em casos em que a empresa aérea apresente resistência.
A Associação Internacional de Transportes Aéreos fez uma análise do impacto financeiro da pandemia de coronavírus. Para este ano a AITA prevê perdas globais no mercado de passageiros entre 63 bilhões de dólares, considerando um cenário onde o covid-19 esteja contido e 113 bilhões de dólares em um cenário de disseminação mais ampla.
Os preços das ações das companhias aéreas caíram mais de 25% desde o início do surto. Cerca de 21 pontos a mais do que a queda durante um período semelhante em 2013 com a crise da síndrome respiratória aguda grave.