O caso da menina capixaba de dez anos, estuprada pelo tio, que engravidou e conseguiu interromper a gestação após um périplo que envolveu a revelação de sua identidade, protegida por lei, e protestos contra a própria menina e a equipe médica que a atendeu atingiu em cheio a atriz Karen Junqueira.
“Quando fundamentalistas religiosos chamam uma criança de assassina, a gente não tem que repensar as estruturas da sociedade? Como expor uma vítima e proteger o abusador?”, questiona a atriz.
Karen Junqueira também foi vítima de abuso infantil. Depois de anos de silêncio sobre o que passou, ela decidiu tornar pública a traumática experiência de ser estuprada aos 12 anos pelo pai de uma amiga, em relato à revista Claudia, em julho. Disse que decidiu se abrir para encorajar outras vítimas a não se calarem.