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Diário da Amazônia

Crise econômica aumenta em 6,3 milhões a quantidade de miseráveis

A cerca de 15 minutos de carro do Plano Piloto, na Cidade Estrutural, pode-se encontrar uma face da pobreza. Adelmar dos Reis Santos, 27..

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Publicado: 05/10/2018 às 08h57min

Foto: Reprodução/Internet

A cerca de 15 minutos de carro do Plano Piloto, na Cidade Estrutural, pode-se encontrar uma face da pobreza. Adelmar dos Reis Santos, 27 anos, sobrevive com doações e bicos. Ele costumava recolher produtos descartados no antigo lixão, mas, com o fim do aterro, não consegue emprego e está completamente refém da miséria. Essa é a situação de 23,3 milhões de brasileiros, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Entre 2014 e 2017, o número de pessoas que recebem abaixo de R$ 232 por mês cresceu em 6,3 milhões — o equivalente a uma população maior do que a do Paraguai.
Feitro pelo economista Marcelo Neri, o estudo constatou que houve diminuição da renda das pessoas, e que jovens, pessoas com ensino médio incompleto e quem vive no Norte e Nordeste foram os principais prejudicados. Desempregado, Adelmar Santos afirmou que depende de outros para viver. “Às vezes, a gente pega uns medicamentos, um pouco de comida”, contou. “Um arroz, feijão. Quando dá, a gente compra uma carne”, completou. O maior desejo dele é conseguir um emprego para ganhar um salário e sair da situação de vulnerabilidade.
Neri explicou que, além de aumentar a miséria, o desemprego gerado pela recessão de 2015 e 2016 distanciou os mais ricos dos mais pobres. “A desigualdade está subindo há mais de dois anos e meio”, ressaltou.O economista observou que, até 2014, o percentual de pessoas em situação de pobreza vinha caindo e que, naquele ano, a desocupação estava em 6,8%, com 6,1 milhões de pessoas sem emprego, bem menos do que os 12,9 milhões de hoje.


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