Porto Velho/RO, 20 Março 2024 10:15:02

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 21/05/2020 às 06h30min | Atualizado 22/05/2020 às 09h37min

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Mandetta alertou sobre o agravamento da pandemia no Brasil

A resposta aos crimes terá que vir do Estado funcional, com democracia e sem prevaricação

Potão de vírus?

Os ambientalistas e um número crescente de cientistas intensificaram neste ano as ameaças de que a Amazônia vai chegar logo ao ponto sem retorno para o Apocalipse. A emergência da pandemia da Covid-19 multiplicou os avisos.

Até recentemente, os alertas para preservar a Amazônia do desmatamento e do fogo salientavam que destruir a floresta significava eliminar, até por extinção, os animais e as plantas que só existem na região e poderiam trazer novas descobertas para doenças e problemas diversos dos homens.

Com a pandemia, não há mais só o risco de matar a biodiversidade que poderia conter a cura. Assombrando o mundo com mais doenças, o ecólogo David Lapola diz que “a Amazônia é um potão de vírus” e com a devastação a próxima grande pandemia pode surgir aqui.

É uma afirmação séria demais. Ela não será respondida à altura com insultos ou negacionismo, praga que faz a avestruz enfiar a cabeça na areia achando que está livre dos predadores só por se recusar a ver a situação de perigo e não agir contra ela.

A resposta aos crimes terá que vir do Estado funcional, com democracia e sem prevaricação, e a solução para as doenças resultará do trabalho empírico, testado e comprovado, dos cientistas. Estado atuante e ciência dotada dos recursos necessários darão as respostas que a população espera e precisa. 

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Eleições 2020

Até agora o calendário eleitoral para a eleição de 2020 foi mantido e as convenções partidárias ainda programadas para 20 de julho a  5 de agosto. Mas  o Congresso Nacional já admite o adiamento do pleito  e com a pandemia do coronavirus se agravando teremos uma campanha totalmente prejudicada pela proibição de aglomerações. Assim sendo não teremos os tradicionais comícios e  as visitações nas principais avenidas das cidades como era rotina em pleitos passados.

O perdão

Na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de Rondônia apenas um deputado estadual votou contra o perdão da dívida de quase R$ 1,3 bi da Energisa, a nova companhia de eletricidade de Rondônia. Os outros seis deputados votaram para  procrastinar o assunto para 60 dias. O deputado Aécio da TV (PP) já se posicionou: daqui 60 dias voltará a votar contra o perdão o que já o deixa fora de um possível acordão. Acredita-se nos meios políticos é que os demais parlamentares da CPI já mudaram de posição e serão favoráveis ao perdão da dívida.

Balcão de negócios

Que a política foi transformada num balcão de negócios a muito tempo não é novidade alguma. Mas que em plena pandemia do coronavirus a classe política se aproveitasse da situação para se forrar rapinando o erário, pouca gente acreditava. Mas é o que está ocorrendo do Amazonas a Santa Catarina, do Pará ao Nordeste. As negociatas se sucedem enquanto o caos na saúde coloca o País no epicentro da pandemia no mundo. É lamentável. 

Tapas e beijos

O presidente Jair Bolsonaro segue a rotina de tapas e beijos com o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM). O jogo de interesses do “Centrão” – a maior aliança de pilantras já formada no Congresso – une as duas partes a partir de agora. Os partidos do centrão querem cargos importantes e ministérios, Bolsonaro escapar de um processo de impeachment. Vários pedidos já foram apresentados pela oposição. E assim o divisionismo político vai minando  o país. 

Estava certo

A desgraceira toda  do agravamento da pandemia que está acontecendo no Brasil foi prevista pelo ex-ministro da Saúde  Mandeta, demitido por ciúmes da sua popularidade pelo atual presidente e divergências sobre como tocar o Ministério da Saúde. Bolsonaro cometeu grave equívoco em trocar de ministro ao meio da pandemia e fazendo outra troca ao demitir seu sucessor trinta dias depois da demissão do primeiro. A coisa só está piorando. 

Via Direta

 

*** Desgovernado e sem rumo, o Brasil vê a peste do coronovirus chegar as aldeias indígenas e comunidades quilombolas *** As perspectivas são realmente terríveis e a coisa desandou de vez desde a saída do ministro da Saúde Mandetta *** Os políticos rondonienses querem “ajudar” no combate ao coronavirus.  Mas em todo lugar aonde se metem o que rola mesmo é a rapinagem *** O final de semana foi péssimo para o comércio lojista em Porto Velho. As lojas de eletrodomésticos sentiram o baque com as mais recentes restrições com as portas fechadas *** Tem carne oriunda de abatedouro clandestino circulando na aldeia. Deve ser fruto de roubo de gado no interior. É coisa de louco *** Segue o fechamento e venda de postos de gasolina em Porto Velho. Pelo que se vê a coisa deixou de ser bom negócio nestas bandas *** A desobediência ao isolamento social e uso das máscaras de focas proliferam nos bairros da capital *** Não é a toa que a peste avança na região metropolitana.

 


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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