Por quatro anos, Neha Sharma manteve um segredo dos clientes de quem cortava o cabelo e aparava a barba no norte da Índia.
Ninguém sabia que ela era uma mulher.
Na conservadora sociedade indiana, esse trabalho é muitas vezes associado ao homem.
Mas Sharma decidiu, a seu modo, confrontar os preconceitos.
Tudo começou quando seu pai, o dono da barbearia, ficou doente.
O local era a única fonte de renda da família. Sem escolha, ela e sua irmã decidiram tocar o negócio.
Mas para isso tiveram de encontrar uma forma de evitar a possível resistência dos clientes conservadores.
“Sou uma mulher fazendo o trabalho que seria de um homem. Não gosto, mas não tenho escolha”, diz Sharma.
Sharma conta que uma vez um cliente perguntou seu nome.
“Eu disse: Neha Sharma. Ele se desculpou, mas disse que não me deixaria cortar seu cabelo se soubesse que eu era mulher”, lembra.
“As pessoas fazem todo o tipo de comentário, mas eu estou focada no meu trabalho”, completa.