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Diário da Amazônia

A nova fase da Operação Lava Jato no fim de ano

A prisão, novamente, do empresário Joesley Batista, dono da JBS, movimentou novamente o serviço de investigação da Polícia Federal, e..

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Publicado: 10/11/2018 às 10h22min

A prisão, novamente, do empresário Joesley Batista, dono da JBS, movimentou novamente o serviço de investigação da Polícia Federal, e mostra que a operação não tem hora e muito menos data para acabar. O empresário é acusado de obstruir a Justiça, mas seus advogados entendem que ele contribuiu para a nova fase da operação que foi deflagrada ontem.
Com o fim do processo eleitoral, é possível que a Lava Jato ainda vai continuar gerando muito trabalho para a Justiça e o eleitor pode esperar novos capítulos até o final do ano em alguns Estados da federação. Investigações em andamento pela equipe de inteligência da Polícia Federal proporcionaram novos desdobramentos da operação policial.
Sem dúvida, o juiz federal Sérgio Moro, indicado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para ocupar o cargo de ministro da Justiça, não fará falta para a nova equipe que assumirá no próximo ano o comando das investigações.
A operação ainda não finalizou as investigações em torno de políticos de Rondônia, envolvidos no esquema de pagamento de propina. Segundo investigou a Polícia Federal, a rubrica “tropa de elite” apontava os pagamentos que eram feitos aos policiais que deviam garantir a ordem nos canteiros de obras da usina Santo Antônio, em Porto Velho, para evitar revoltas como a ocorrida durante a construção da hidrelétrica de Jirau, também erguida no Rio Madeira.
O ministro Edson Fachin conta apenas com três juízes para analisar mais de 113 processos e quatro assessores, o que torna cada vez mais difícil concluir a operação dentro do prazo esperado para a punição dos envolvidos no maior escândalo de corrupção da história do Brasil.
Considerada a maior ação federal de combate à corrupção e a lavagem de dinheiro, a operação federal Lava Jato completou ontem aniversário de três anos. Sem dúvida, a operação policial paralisou o Brasil e levou uma grande quantidade de empresários e políticos para a cadeia, o que era bastante raro acontecer no País.
De fato a economia e o crescimento econômico do Brasil foram afetados diretamente com a Lava Jato. Até hoje os investidores têm grande receio em investir no Brasil por conta da operação. A situação se complica ainda mais quando aparecerem nomes de senadores influentes, ministros e assessores do alto escalão do governo citados em delações premiadas em poder do Ministério Público Federal do Paraná. Com a indicação de Sérgio Moro para o Ministério da Justiça, e o fortalecimento da Lava Jato, é possível que o Brasil passará a ser visto de forma diferente.



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