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Carlos Sperança

coluna

Publicado: 08/01/2019 às 09h00min

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A ONU declarou 2019 o Ano Internacional das Línguas Indígenas

Do Latim para o Tupi O mundo é tomado por um mar de incertezas na atualidade, com o Brexit na Europa, o desaquecimento da economia..

Do Latim para o Tupi

O mundo é tomado por um mar de incertezas na atualidade, com o Brexit na Europa, o desaquecimento da economia chinesa, a ameaça de impeachment do presidente Donald Trump nos EUA, riscos de novas guerras, o desafio venezuelano ao alinhamento América Latina-EUA e a implantação do ultraliberalismo no Brasil neste início de 2019.

Entre os raros sopros de otimismo visíveis em meio a muitos temores, a ONU declarou 2019 o Ano Internacional das Línguas Indígenas. Mas será outro ano meramente cerimonial e inócuo se não receber apoio. A realidade é assustadora: as línguas faladas pelos povos indígenas desaparecem rapidamente e com elas também parte da história, tradições e memórias de um planeta que ainda não aprendeu a preservar.

O papa Francisco fez a sua parte, ao sacudir a consciência mundial em sua carta encíclica Laudato sì (2015), quando afirmou: “O desaparecimento de uma cultura pode ser tanto ou mais grave do que o desaparecimento de uma espécie animal ou vegetal”.

É possível que apesar de todas as controvérsias que causou, o novo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, também se alinhe aos defensores dos idiomas indígenas, já que em sua posse recitou a Ave Maria em Tupi: “Anauê Jaci”.

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Nova rodoviária

Assim como em Porto Velho, aonde o então governador Confúcio Moura (MDB) prometeu uma nova rodoviária e não cumpriu, transferindo a obra para o prefeito Hildon Chaves (PSDB), a mesma promessa feita para Ariquemes também não foi cumprida pelo governo anterior, deixando o atual prefeito Thiago Flores numa situação complicada. Lá foi pior, pois o projeto foi cancelado de vez.

As identidades

A falta de identidade cultural com Porto Velho do atual prefeito Hildon Chaves (PSDB) e do governador Marcos Rocha (PSL) vai resultar na falência de vez do carnaval na capital rondoniense. Porto Velho, guardadas as proporções, é como as cidades onde o carnaval promove o turismo, propiciando emprego e renda, casos do Rio de Janeiro e Salvador onde os festejos de Momo “bombam”.

As diferenças

Nas cidades do interior do estado, com influência de migrantes sulistas, o carnaval não é tão importante no aquecimento do turismo e da economia e, por isto, até politicamente a opção de não liberar recursos é bem aceita. Na capital, no entanto, a influência do carnaval politicamente é muito forte e tanto o prefeito como o governador ao se omitirem nestas festividades vão reforçar a oposição.

Espaço Multieventos

Com bumbódromo e sambódromo incluídos no projeto, o governo do estado já tem na conta recursos na ordem de R$ 14 milhões, fruto de emendas do senador Valdir Raupp e da deputada federal Marinha Raupp, para tocar as obras lá nas bandas do Parque dos Tanques. Se as escolas de samba e entidades não terão apoio para seguir suas atividades, porque então construir estas obras? Será elefante branco.

A base parlamentar

O governo de Marcos Rocha (PSL) foi formado por um bando de cabaços no campo da articulação política e no relacionamento com a imprensa. A falta de base parlamentar na Assembleia Legislativa, não demora em render dissabores, a imprensa desconsiderada até para entrevistas vai reagir à altura. Reconheço um governador com boas intenções, mas já com tropeços, penando pela inexperiência.

Via Direta

***Barrado pela clausula de barreira, o PSDC já estuda fusão e incorporação com outras legendas *** Ao todo 16 siglas deixarão de existir por força das exigências da lei eleitoral *** O prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) se animou para a campanha de reeleição em 2020 **Tem obras importantes para serem entregues no ano que vem além da revitalização da orla do Rio Madeira e macrodrenagem na Zona Leste *** A segurança pública tem grandes desafio pela frente no Vale do Jamari *** Por lá, é enorme o índice de mortes no campo.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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