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Diário da Amazônia

A pauta do transporte

O Brasil precisará definir este ano uma pauta para o setor portuário, principalmente na região Norte, que ainda enfrenta problemas de..

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Publicado: 27/01/2019 às 06h18min | Atualizado 28/01/2019 às 20h47min

O Brasil precisará definir este ano uma pauta para o setor portuário, principalmente na região Norte, que ainda enfrenta problemas de logística. Essa semana, o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, prometeu inaugurar uma agenda de trabalho para aproximação com o setor portuário privado.

No ano passado, teve em Porto Velho o serviço de dragagem do rio Madeira. O serviço consiste na retirada de banco de areia com a proposta de melhorar a navegação no período da estiagem. O rio Madeira é estratégico para o Porto Graneleiro de Porto Velho, responsável por receber toda a produção de grãos de Rondônia, Acre, parte do Amazonas e do sul do Mato Grosso.

A importância da consolidação do Arco Norte, em Rondônia, para o desenvolvimento econômico do Brasil no escoamento da produção de grãos por meio da hidrovia do rio Madeira, recebeu grande importância no relatório anual 2018 da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), divulgado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.
A apresentação do relatório da Antaq permite ao Governo Federal e iniciativa privada traçar um planejamento estratégico nas ações para o melhoramento do setor.

Apesar de todos os problemas ocasionados em decorrência da seca nos rios da Amazônia e falta de chuvas em algumas regiões do Mato Grosso, a produção de soja caiu se manteve no passado. Em compensação, a produção de milho avançou mais de 5%. Rondônia, conforme mostra matéria publicada na edição de hoje do Diário Rural, na página C1, teve um aumento importante na produção e comercialização de milho.
Estudos já indicam que o movimento de soja pelo Arco Norte cresceu 88,5%, enquanto a de milho disparou no mesmo período em 174,8%, conforme revelou a Antaq. Hoje, boa parte da produção de soja e milho do Mato Grosso entra em solo rondoniense pela BR-364. Em Porto Velho, o produto segue pelo rio Madeira até o porto de Itacoatiara (AM). O transporte pela hidrovia do Madeira é mais econômico, mas é preciso o Governo Federal permitir que os rios da Amazônia estejam navegáveis na época do período de forte estiagem.

Outro problema que deve ser discutido pela equipe do governo é a melhoria das condições da BR-364, principal via de acesso que recebe caminhões de todos os estados. Devido ao período de chuva, a rodovia deverá ficar intransitável e coloca muitas vidas em riscos.



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