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Diário da Amazônia

A prevenção da Covid-19 também é uma questão de ordem

Em questões de saúde, é melhor seguir as recomendações de um médico.

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Publicado: 25/03/2020 às 08h37min | Atualizado 25/03/2020 às 11h43min

Uma das medidas de maior relevância do governo, adotadas pelo presidente Bolsonaro, foi nomear especialistas para gerir áreas de maior importância no âmbito do país, e a Saúde é uma delas. Luiz Henrique Mandetta, médico ortopedista, é um dos exemplos. É ele que vem conduzindo todo o processo de prevenção ao novo coronavírus. Cabe a nós seguir as suas orientações e recomendações. O presidente tem formação militar e não conhece absolutamente nada de saúde.

Ora, para defesa em um processo criminal se recorre a um profissional do Direito; para um projeto arquitetônico seguro, busca-se um especialista em Arquitetura; para questões econômicas, as orientações seguras devem partir de um Economista. Logo, na prevenção à Saúde é sensato seguir as orientações de um médico. Político sem conhecimento de causa não deve se manifestar em estratégias de guerra contra o novo coronavírus. Bolsonaro, na condição de líder maior do país, nada conhece de medicina e deve basear-se no que diz o seu ministro da Saúde.

Se o cenário também abrange a preocupação com os impactos econômicos a sensatez recomenda que o assunto seja tratado pelo ministro da Economia. Nesse caso, Mandetta e Guedes devem analisar questões atinentes à Saúde e à Economia. Pronunciamentos do presidente precisam estar embasados em orientações de seus dois ministros, profissionais especializados em suas respectivas áreas. A prioridade é a Saúde, mas a Economia precisa acompanhar o cenário. Posicionamento político não deve ser manifestado em momentos que exigem tomadas de decisões técnicas. Obviamente que haverá impactos de ordem econômica diante de cenário de guerra, que requer pulso firme na deliberação de estratégias de combate ao novo coronavírus.

O pronunciamento de Bolsonaro, ontem à noite, causou estranheza e alguns governadores chegaram a dizer que o ministro Mandetta não tem mais legitimidade para continuar no cargo. Eu, particularmente, discordo. Mais do que nunca Mandetta, com sua sensatez, sensibilidade, ponderação e responsabilidade, continua tendo crédito no comando dessa guerra contra o novo coronavírus. Em quem você prefere confiar? Nas orientações de um especialista em saúde pública, ou em orientações de cunho político? Quando o assunto é saúde devemos seguir as recomendações de um médico. Portanto, mais sensato é que continuemos atentos às orientações do ministro Mandetta. É tudo uma questão de ordem.



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