A rodovia dos sonhos e o pesadelo de transitar

O estado crítico de uma rodovia federal, ou melhor, internacional dentro de Rondônia mostra que o problema de infraestrutura no Brasil é um caso bastante complicado. A BR-364 entre Porto Velho e Rio Branco virou um queijo suíço, de tantos buracos. Sem manutenção e conservação, a estrada que vai parar nos portos do Chile, mal consegue chegar até o limite da fronteira brasileira.
É dificil transitar na região do Abunã. Carretas e veículos fazem um malabarismo de um lado para o outro da via em busca de um espaço para passar. Não tem jeito. Apesar das habilidades dos motoristas sempre sobram buracos com até quarenta centímetros de profundidade para empenar rodas, quebrar eixos, e desmontar o projeto de viagem de muita gente.
Os prejuísos são enormes, principalmente, para quem vive do frete e viaja no limite do custo. Tem ainda o risco de morte diante dos desvios inesperados que podem ocasionar em batidas frontais dos veículos.
O mais incrível é que o Brasil não tem dinheiro para conservar suas estradas e melhorar a infraestrutura de transportes, mas tão recente houveram grandes investimentos em construções de portos, estradas e outros investimentos em países que pouco importam para a economia brasileira. Um tipo de dinheiro jogado num saco furado. Verba que podeia ter sido utilizada na melhoria do sistema de transportes nacional, até porque, o dinheiro saiu do BNDES, um banco de incentivo ao desenvolvimento regional e nacional.
Enquanto não aparece solução, os motoristas e caminhoneiros pagam o alto preço para rodar em estradas estreitas, esburacadas, mal sinalizadas e com grande fluxo de veículos. Essa conta acaba afetando o Custo-País, um termo usado para descrever o conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem o investimento, dificultando o desenvolvimento nacional.