Porto Velho/RO, 22 Março 2024 03:14:36
Diário da Amazônia

A Rússia será o primeiro país do mundo a usar armas supersônicas

Supostamente, a produção em massa da nova arma começa em breve

A- A+

Publicado: 01/10/2019 às 16h42min

De acordo com a Forbes, acredita-se que a Rússia será o primeiro país a utilizar mísseis hipersônicos em seus submarinos. Em suma, para a Rússia, tal decisão oferece algumas vantagens estratégicas. Isso porque outros países não possuem, em seu inventário, armas com tecnologias semelhantes. Muito menos, presentes em seus submarinos.

Supostamente, a produção em massa da nova arma começa em breve. Além disso, o primeiro teste deve ser realizado a bordo do novo submarino K-561 Kazan, da Marinha russa. A principal característica da nova arma envolve o fato dela dificultar a interceptação.

Após o lançamento, o novo míssil segue o alvo a uma velocidade de Mach 8.

O míssil

O novo míssil, inicialmente, estará funcionando como operacional, em dois navios de guerra russos. O primeiro teste será realizado em 2020. Essas armas táticas, provavelmente, usam explosivos convencionais, mas podem ser equipadas com ogivas nucleares.

Em breve, a Rússia pretende criar uma frota de 12 navios-irmãos, para transportar os novos mísseis hipersônicos. Além disso, o governo russo também deve investir em uma nova frota de submarinos de ataque, que também serão projetados para transportar o novo míssil.

Conhecido como Tsirkon, o novo míssil integra a frota de mísseis de cruzeiro hipersônicos terrestres e aéreos, que podem ser lançados por navios. O míssil é o novo protagonista na chamada guerra do futuro de méritos próprios. Por quê? Bom, supostamente, porque a nova arma não permite que o inimigo tenha tempo de pensar.

Os mísseis Tsirkon são os primeiros do mundo a poder voar a uma velocidade hipersônica, ou seja, oito vezes mais rápido do que a velocidade do som (quase 2,5 km/s). A maior parte das caraterísticas técnicas do míssil são mantida em segredo. Acredita-se que o alcance do novo invento seja de cerca de 500 quilômetros.

Os planos

A Rússia planeja construir 12 fragatas modernizadas do projeto 22350M, que poderão levar até 48 mísseis de cruzeiro Kalibr, Onyx e mísseis hipersônicos Tsirkon.

O projeto técnico do navio, com um deslocamento de 7 mil toneladas, será apresentado no final de 2019. De acordo com informações divulgadas pela imprensa, todas as novas fragatas receberão sistemas de lançamento de mísseis hipersônicos.

Além dos mísseis de ataque, os navios serão equipados com sistemas de defesa antimíssil, do tipo Poliment-Redut, com 100 mísseis, armas antissubmarinas e torpedos. Atualmente, apenas um navio do projeto 22350, o “Almirante Gorshkov”, está em serviço, na frota do Báltico.

Os russos demonstraram, de maneira bastante conclusiva, que já possuem uma geração de mísseis de cruzeiro, que, comprovadamente, funcionam sob condições reais de combate.

Os russos, agora, aproveitam também o momento para reivindicar seu novo sistema de defesa aérea, o S-500 Prometey. O novo sistema será capaz de interceptar e destruir mísseis de cruzeiro hipersônicos. O sistema S-500 está em desenvolvimento final e o míssil, em que ele se baseia, é chamado 77N6-N1.

Interceptação

O poderoso radar de defesa aérea, SPY-1, do sistema Aegis dos EUA, é capaz de detectar uma ameaça a uma distância de cerca de 300 quilômetros. Neste caso, a força aeronaval tem dois minutos para organizar a interceptação.

Agora, o cenário muda caso o míssil seja lançado de outro patamar. Se o míssil russo for lançado a uma altitude mais baixa, por exemplo, a tripulação terá menos de 20 segundos para agir, o que, claramente, é insuficiente.

Fonte: Fatos Desconhecidos



Deixe o seu comentário