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Diário da Amazônia

“A tendência é ser parcial” , diz Solano Ferreira ao falar sobre jornalismo atual

Em entrevista ao programa, jornalista também falou sobre novas tecnologias, mídias sociais e outros assuntos de interesse de todos

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Publicado: 24/09/2019 às 09h58min | Atualizado 24/09/2019 às 10h01min

Foto: divulgação

O Programa a Voz do Povo, apresentado pelo jornalista e advogado Arimar de Souza Sá ao vivo de segunda-feira à sexta-feira do meio-dia às 13 horas na capital em pela Rádio Caiari 103,1 e pela Antena FM em Rede Estadual, recebeu nessa segunda-feira-feira (23), o jornalista, publicitário, teólogo, professor, e gestor empresarial, Solano Ferreira.

No programa, o jornalista, que também é editor do Jornal impresso Diário da Amazônia, falou sobre o destino do Jornalismo Moderno e as novas tecnologias, fazendo um contraponto entre o tema e sua trajetória no periódico, que comemora 26 anos em 2019, e faz parte do Grupo Sistema Gurgacz de Comunicação (SGC), onde também desempenha outras atividades nos veículos de comunicação pertencente ao SGC.

Solano contou que assumiu a editoria do Diário em fevereiro deste ano. Disse que quando chegou, se assustou, pois tanto internamente como fora, se falava no fim do jornalismo impresso, “e eu achei que estava chegando para fechar as portas”.

Mas ao fazer um levantamento sobre perfil de público, o editor detectou que, o público do jornal impresso é um, e do online é outro. Mesmo assim, admitiu que houve uma reformulações para se readaptar ao mercado como: a diminuição do número de editorias e impressão, e mudanças no layount das páginas do impresso que vão desde a textos mais objetivos, ilustrações e imagens, a fim de dar mais dinamicidade à informação.

“Se o leitor deseja de mais informação, ele vai para a versão online para que possa ter o complemento de informação. O mundo está muito rápido, portanto, é necessário uma informação mais ágil”, complementou.

Tendência

Do jornalismo impresso dos tempos modernos para o de antigamente, Solano avaliou que, antes, era mais opinativo, e tinha uma tendência. Depois, veio a Era da Imparcialidade e hoje, na opinião dele, mesmo não concordando, voltou a ser parcial, ou seja, tem de ter uma opinião definida para que o público possa se fidelizar ao veículo de comunicação.

“Algumas mídias conseguem permanecer com amplo alcance no sentido de atender todo tipo de público, o que chamamos hoje de Jornalismo Geralista, ou seja, que notícia de tudo. Mas a tendência é ir segmentando”, reforçou.

Solano Ferreira lembrou ainda na década de 40, com o surgimento da TV, se ouvia muito falar que o Rádio e o Impresso iriam acabar, e eles se reinventaram. Na década de 50, veio a TV a cores, e a sentença se reforçou com e novamente houve também a reinvenção. “Hoje o jornalismo permanece se reinventando. É preciso adaptar as mídias, sem perder o dinamismo”, retomou, ressaltando a exigência dentro do feedback imediato na atualidade entre a mídia e espectador.

Fake News

Ao falar sobre novas tecnologias como as mídias dos influencers digitais que conforme avaliou, logo caíram descrédito, pois não eram feitas por pessoas preparadas para dar notícias, as fontes confiáveis ainda permanecem solidas no mercado.

“Hoje mesmo, se a pessoa recebe uma informação na Rede Social por exemplo, ela sempre procura um veículo com credibilidade para confirmar se o fato é verídico. Os famosos Fake News foram os principais responsáveis por isso, e fizeram com que as fontes confiáveis retornassem”, frisou, recomendando: “Entre agilidade e a verdade da informação, vá sempre pela verdade. A credibilidade é vital e está sempre sendo observada”.

No programa, o entrevistado também falou sobre comportamento na Rede Social; respondeu a perguntas dos ouvintes como: os desafios das mídias instantâneas que conforme explanou, têm obrigado a própria televisão a se readaptar; Jornalismo Comunitário; Censura; Whatsapp; Sensacionalismo; WebRádio e WebTV; e outros assuntos de interesse de todos.

Fonte:  Rondonoticias



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