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Editorial

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Publicado: 09/07/2019 às 09h42min | Atualizado 09/07/2019 às 09h44min

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Acidentes crescem no estado que foi vice-campeão em redução

Depois de mais de uma década registrando sucessiva redução de mortes no trânsito, o estado de Rondônia passa a registrar aumento nos..

Depois de mais de uma década registrando sucessiva redução de mortes no trânsito, o estado de Rondônia passa a registrar aumento nos índices de mortes por acidentes nas estradas. Se cresceu o impacto nas estradas, possivelmente cresceu também nas cidades, onde geralmente os registros são maiores. A Polícia Rodoviária Federal fez o alerta no primeiro trimestre, quando lançou o balanço trimestral, e agora, na divulgação do balanço semestral volta a alertar sobre o aumento de sangue nas rodovias.

Os dados da PRF são preocupantes não apenas pelo crescimento 7,31%, mas pela ausência de informações do Estado. Já entramos em julho e até o momento não houve divulgação dos índices de mortes em trânsito neste ano de 2019. O banco de dados do Detran é atualizado diariamente com as informações próprias e com os registros da policias. Dar conhecimento a essas estatísticas é, alem de dever de transparência, um serviço de utilidade pública para alertar a população sobre os riscos.

Rondônia teve uma excelente projeção nas reduções de acidentes com vitimas fatais, ano a ano, chegando a ser destaque nacional por ser o segundo colocado em reduções de mortes em 2017-2018. Foi destaque também, em diversas ações fiscalizadoras e educativas que resultaram na diminuição de mortes em acidentes de trânsito. Se por mais de uma década os índices foram caindo gradualmente, é preciso verificar o motivo que está crescendo acentuadamente.

A Assembleia Legislativa chegou a questionar por um tempo, ainda no inicio deste ano, que a questão trânsito precisava de uma atenção especial. Entre queixas, falas e citações, restou o silêncio que se limita em perguntar sobre os valores de taxas. Parece que a vida humana tem menos valor. Os índices crescentes de mortes não estão sendo tratados com rigor devido. Nenhuma informação a respeito feito apresentada até o momento.

A PRF não pode ficar alertando sozinha. É preciso ter eco nesse alerta. É preciso que os órgãos fiscalizadores busquem compreender as razões que estão levando mais gente para os túmulos devido aos acidentes de trânsitos com vítimas fatais. É preciso que os números reais das estatísticas urbanas também sejam mostrados e checados para compreender o fenômeno. Se nada for feito, o ano pode fechar com crescimento em torno de 15% a mais de mortes, se mantiver esse ritmo de fatalidades. Que as respostas venham e que os índices baixem com urgência porque se trata de vidas humanas. 


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