Porto Velho/RO, 21 Março 2024 23:44:30
Diário da Amazônia

Acre prepara ofensiva para atrair produtores rurais de Rondônia

Governador Gladson Camelli avisa que os estado acreano tem cinco milhões de hectares de terras férteis esperando investimentos

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Publicado: 20/10/2019 às 04h35min | Atualizado 21/10/2019 às 09h06min

O governo acreano prepara uma campanha visando revelar aos produtores rurais rondonienses e de outras regiões, que naquele estado existem mais de cinco milhões de hectares de terras férteis e onduladas, próprias para agricultura de precisão. A informação é do secretário de Agricultura, Paulo Wadt, que articula o desenvolvimento do agronegócio, no Acre formando parcerias com os governos de Rondônia e Amazonas, por entender que sozinho ninguém cresce.

Isolado

A política da “Florestania” posta em prática durante 20 anos pelas sucessivas administrações petistas, além do isolamento entre os setores produtivos da região, colocou o Acre numa posição sedentária pelo emaranhado burocrático e paternalismo, tendo o Programa Bolsa Família, como carro-chefe das administrações que tiveram como objetivo manter o homem na floresta sem produzir. O atual governador GladsonCamelli, vem enfrentando sérias dificuldades para quebrar esse círculo vicioso. O que não deve ser fácil.

Amacro é a saída

Com o intuito de acelerar o desenvolvimento sócio econômico dos estados do Amazonas, Acre e Rondônia os secretários de Agricultura Petrúcio Magalhães, Paulo Wadt e Evandro Padovani, criaram o consórcio Amazonas, Acre e Rondônia “Amacro” que até o final do ano será firmado pelos governadores, Wilson Lima, Gladson Camelli e Marcos Rocha. A proposta deles é desenvolver projetos técnicos sustentáveis em áreas ocupadas pela agricultura familiar.

Parcerias de resultados

As parcerias firmadas entre Sebrae, Governo do estado e iniciativa privada incentivando a produção e comercialização de tambaqui, vem apresentando bons resultados. Na atualidade, o tambaqui de Rondônia é comercializado nos principais mercados consumidores. Os eventos levando o pescado rondoniense para ser conhecido e degustado, em praças como Brasília e São Paulo abre portas importantes para novos negócios.

Regularização fundiária

Em 30 de outubro todos os secretários de agricultura, estarão reunidos em Brasília elaborando e sacramentando um documento a ser entregue a Ministra da Agricultura, Teresa Cristina solicitando que os processos de regularização fundiária passe a ser administrado pelos estados. Os secretários vão argumentar que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), não oferece condições técnicas para acelerar a regularização fundiária, uma vez que existem mais de 1 milhão de áreas no País sem títulos definitivos. O seja: os ocupantes mesmo a mais de 40, 50 anos como é o caso de Rondônia, ocupando e explorando centenas de áreas agrícolas permanecem na condição de invasores.

Defendendo a regularização fundiária

Essa é uma bandeira do senador Acir Gurgacz (PDT-RO) no Congresso Nacional, por entender que a regularização fundiária, além de acelerar o desenvolvimento nas áreas rurais, trará tranquilidade a quem trabalha e produz no campo. A regularização fundiária colocará Rondônia numa posição privilegiada como indutor na produção primária, gerando emprego e rendas nas áreas rurais e urbanas.

Troca no Incra

Assume a Presidência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), em substituição ao general Jesus Correa, o economista Geraldo Melo Filho, um paranaense ligado ao agronegócio. Para o secretário de Agricultura de Rondônia, Evandro Padovani, agora o processo de regularização fundiária tem tudo para deslanchar.

Finalizando

Vou em frente, pois quem fica parado é poste e quem anda para trás é caranguejo. Boa leitura e bom final de semana.



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