BUSCA O QUE ESTÁ PROCURANDO?

Onde deseja efetuar a busca?

Acusado de matar e pendurar corpo da ex-esposa é condenado

Sentença foi lida no Fórum de Jaru na tarde desta quinta-feira (12). Adriano de Souza Silva foi condenado a 13 anos de prisão.

Publicado: 12/09/2019 às 17h42

Júri de Adriano de Souza Silva começou às 9h30 em Jaru, RO — Foto: Rinaldo Moreira/G1

O réu Adriano de Souza Silva, de 36 anos, foi condenado a 13 anos de prisão e seis meses de reclusão na tarde desta quinta-feira (12), no Fórum de Jaru (RO), a 290 quilômetros da capital Porto Velho. A sessão começou por volta das 9h30. Adriano de Souza terá de cumprir a pena em regime inicialmente fechado.

Após a reunião do Conselho de Sentença, ficou decidido que o réu seria condenado pelo assassinato da ex-esposa enforcada com uma corda e, na sequência, pendurado o corpo dentro de casa “por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima”.

“Foi o fato do réu não concordar com a separação”, mencionou o juiz Alencar das Neves Brilhante durante a leitura de sentença. Acusação e defesa informaram que irão recorrer da decisão.

O júri foi formado por cinco homens e duas mulheres. No total, 10 testemunhas do caso foram ouvidas, sendo cinco de acusação e cinco de defesa. A primeira testemunha ouvida foi um homem, convidado pelo Ministério Público de Rondônia (MP-RO).

Acusado foi ouvido pelo juiz na tarde desta quinta-feira (12). — Foto: Rinaldo Moreira/G1

Durante o interrogatório, o réu confesso relembrou o dia do assassinato. O crime, motivado por ciúmes, ocorreu em agosto de 2017, em um imóvel da zona rural do município de Governador Jorge Teixeira (RO).

Em depoimento, Adriano alegou que a vítima, Keila dos Santos, de 36 anos, teria o agredido com um tapa no rosto e, em seguida, desferido um soco na mulher. Depois, ela caiu no chão.

“Aí eu saí, fui na cozinha, busquei um pedaço de corda, voltei, mexi com ela e nada, voltei e marrei ela. Dei um soco nela”, descreveu o acusado.

Adriano seguiu novamente à Casa de Detenção de Jaru, onde está preso desde a época do crime.

Keila dos Santos
Na época do crime, a vítima foi encontrada morta pela própria filha, com o corpo pendurado por uma corda. Ao chegar na casa, os policiais notaram que a vítima apresentava lesões no corpo e tinha marcas de sangue no rosto. Também havia sangue em um móvel e parede do imóvel.

 

Keila dos Santos foi morta pelo ex. — Foto: Arquivo Pessoal

Adriano foi até a casa depois do crime e confessou, aos policiais, que matou a ex-mulher em uma discussão.

A perícia feita no corpo da vítima revelou que o agricultor desferiu dois socos na cabeça da vítima, que caiu desmaiada. Em seguida, ele pegou uma corda e amarrou no telhado para pendurar no pescoço da mulher e asfixiá-la.

Judiciário
Em outubro de 2017, o inquérito foi concluído e foi oferecida denúncia pelo Ministério Público de Rondônia (MP-RO), tendo esta sido recebida pelo juiz. O acusado continuou preso, pois a Justiça negou a revogação da prisão.

O processo do crime tramitou em primeira instância na Comarca de Jaru. A defesa entrou com pedido de habeas corpus para que Adriano fosse solto, mas o recurso foi negado pelos desembargadores na Câmara Criminal da 2ª Instância. O réu respondeu por feminicídio.

Fonte: G1 Ariquemes e Vale do Jamari

Deixe o seu comentário