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PLANTÃO DE POLÍCIA

Acusados de chacina são condenados a 148 anos de prisão

Nesta quinta-feira (6), Yuri Felipe de Lima, 23 anos de idade, e José Elismar Moura, 35, foram condenados pelo Conselho de Sentença..

Por Assessoria
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Publicado: 07/12/2018 às 14h42min | Atualizado 07/12/2018 às 14h49min

Nesta quinta-feira (6), Yuri Felipe de Lima, 23 anos de idade, e José Elismar Moura, 35, foram condenados pelo Conselho de Sentença (jurados) do Tribunal do Júri da Comarca de Colorado do Oeste, sob acusação de, num evento festivo, no dia 2 de abril de 2018, na cidade de Cabixi, matarem Valdair Massaroli Castanha (o Neto), 17; Leonardo Emerson Pecorari, 15; Wesley de Araújo (o Jquinho), 24; Larissa Massaroli, 23; e Francinei Alves da Silva, de 19 anos de idade. Todas as vítimas foram mortas com tiro na cabeça, em episódio que ficou conhecido como a Chacina de Cabixi.

A dosimetria da pena foi aplicada pela juíza Marcia Regina Gomes Serafim, que presidiu a solenidade. A Yuri Felipe de Lima a pena de foi de 81 de reclusão e de 67, a José Elismar Moura. Ambos cumprirão em regime fechado.

De acordo com sentença de pronúncia, de 18 de abril de 2018, os réus negaram participação na chacina. Mas as investigações policiais chegaram ao já condenado José Elismar, cujas impressões digitais foram encontradas em capsulas de cartucho. E perícia de balísticas apontaram que os disparos foram da pistola .40, pertencente ao apenado Yuri Felipe. As armas utilizadas no ato criminoso foram adquiridas de forma ilícita.

A pistola foi roubada de um policial civil, em 2011, em Porto Velho, capital do Estado de Rondônia. Ainda, conforme a pronúncia, o crime não foi desvendado rapidamente em razão de uma testemunha, sobrevivente, que sabia quem era os autores, não colaborar com a verdade em seus depoimentos à polícia.

Segundo os depoimentos dos policiais que investigaram o caso, narrados na sentença de pronuncia, a motivação do crime “seria uma briga entre facções e, possivelmente, por causa do tráfico de drogas”, já que as investigações apontaram que os condenados pertenciam a facção do Primeiro Comando da Capital (PCC), e algumas das vítimas, ao Comando Vermelho (CV).

Diante dos robustos indícios de materialidade e autoria dos crimes, apontados pelo Ministério Público do Estado de Rondônia, durante a solenidade de julgamento, os jurados condenaram os réus.

O júri

O julgamento teve início por volta das 8h30 do dia 5 de dezembro de 2018, com a oitivas de várias testemunhas, depoimentos em vídeos, interrogatórios dos acusados e dado início aos debates, sendo suspenso os trabalhos às 21h58. Os trabalhos foram recomeçados às 8h do dia 6 de dezembro e com término as 16 horas, com a condenação dos acusados.

A acusação ficou a cargo do promotor de Justiça Rodrigo Levanti Guimarães. Durante toda solenidade, inclusive no período de suspensão, os jurados ficaram incomunicáveis e sob acompanhamento do judiciário. O caso, muito complexo, exigiu um grande esforço de trabalho da Polícia Civil.Também foram realizados no processo cerca de 10 exames/perícias pela Polícia Civil e Polícia Federal.



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