Porto Velho/RO, 20 Março 2024 16:46:34
PLANTÃO DE POLÍCIA

Advogados são denunciados por prática de cartel no presídio “470”

A denúncia também aponta que agentes penitenciários torturaram presos que não contratam o grupo.

Por Redação Diário da Amazônia
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Publicado: 09/07/2018 às 10h32min | Atualizado 09/07/2018 às 10h45min

Foto: Jota Gomes/Diário da Amazônia)

Agentes carcerários estão sendo acusados de torturar e coibir apenados a escolherem apenas advogados que participam de um suposto esquema administrativo da penitenciária Milton Soares de Carvalho mais conhecida como a “penitenciária 470” em Porto Velho.

Por meio de uma denúncia feita ao Ministério Público de Rondônia e protocolada na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o denunciante explica que existe um suposto esquema de favorecimento por parte da administração da penitenciária, onde os agentes torturam e induzem os apenados a escolherem o advogado que faz parte do esquema implantado na unidade prisional.

No documento enviado a OAB de Rondônia, o denunciante diz que o apenado que não contrata algum dos advogados listados no suposto esquema recebe castigo dos agentes, ou, é colocado em uma cela rival.

“Na realidade existe um jogo de favorecimento para alguns dos advogados que fazem parte do esquema implantado na referida administração, os apenados que contratam os advogados favorecidos com o esquema recebem castigo dos agentes penitenciários, ou, é colocado em uma cela de rival, que são as razões de algumas mortes ocorridas no interior do referido estabelecimento penal”, diz trecho do documento ao qual o Diário teve acesso.

Ainda segundo o denunciante, foi acionada prerrogativas a OAB/RO, para que o caso fosse apurado, mas o comissário colocou dificuldades para fornecer os nomes de todos os advogados envolvidos no suposto esquema, mas depois de muita insistência uma certidão foi emitida.

Uma petição endereçada ao Presidente da OAB/RO, já foi protocolada na instituição. O Diário da Amazônia entrou em contato por diversas com a assessoria da OAB, mas não obteve nenhuma resposta sobre o caso. Já o Ministério Público recebeu a denúncia no Departamento de Assuntos Prisionais, mas até o momento não pôde dar maiores detalhes sobre o processo de investigação.



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