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PLANTÃO DE POLÍCIA

Agricultor é condenado a 17 anos

Legítima defesa e ação sob violenta emoção. Estas foram as duas teses utilizadas pela defesa do réu Tharly Ribeiro, de 27 anos, na..

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Publicado: 24/11/2014 às 09h03min | Atualizado 27/04/2015 às 20h34min

Legítima defesa e ação sob violenta emoção. Estas foram as duas teses utilizadas pela defesa do réu Tharly Ribeiro, de 27 anos, na manhã da útima quinta-feira durante seu julgamento no Fórum Desembargador Leal Fagundes. O acusado confirmou ao Ministério Público (MP) bem como aos jurados presentes na audiência que ele foi o autor dos homicídios do pedreiro Sílvio Schmitka, 36, e de seu sobrinho Cleiton Schmitka, 24, no começo de junho deste ano, na área rural do município de Vilhena, após um desentendimento entre as vítimas.

Tharly Ribeiro, de 27 anos, durante seu julgamento no Fórum Desembargador Leal Fagundes ouve a sua sentença

Tharly Ribeiro, de 27 anos, durante seu julgamento no Fórum Desembargador Leal Fagundes ouve a sua sentença

A acusação, feita pelo promotor de justiça Elício de Almeida, pedia a condenação do réu por duplo homicídio qualificado, uma vez que ele teria feito uma emboscada para cometer os dois assassinatos, sem chance de defesa às vítimas.

A tese do MP foi acatada pela equipe de jurados, e a juíza que comandou o julgamento Liliane Pegoraro Bilharva fixou a pena de Tharly Ribeiro em 17 anos e seis meses em regime inicialmente fechado.

O advogado dele, José Francisco Cândido, disse que irá recorrer da decisão, uma vez que o laudo pericial produzido pela Polícia Civil (PC) após o crime não comprova que o réu usara de emboscada para atingir as vítimas. Tharly está na cadeia pública de Vilhena desde a época do crime, quando se entregou às autoridades locais. A juíza não concedeu a ele o direito de recorrer em liberdade. Por conta da decisão, o autor dos dois assassinatos será transferido para o Centro de Ressocialização Cone Sul.

À época dos crimes, o delegado de Polícia Civil, Núbio Lopes Oliveira, explicou à imprensa, depois que Tharly se apresentou à polícia e passou por um interrogatório, que o assassino confessou que teve uma discussão com Silvio Schmitka, que segundo Tharly teria ameaçado e discutido com seus familiares no momento em que ele estava realizando uma caçada. Tharly disse, ainda, que ao retornar ficou sabendo do que havia acontecido, e pegou sua caminhonete e foi para a estrada do sítio onde estava, com a intenção de conseguir sinal de celular para contatar a Polícia Militar (PM).

Discussão

Tharly disse, ainda, que encontrou tio e sobrinho na estrada, onde iniciou uma discussão com Silvio. Ainda segundo Tharly, ele e Sílvio começaram uma briga. Silvo estaria com uma espingarda, a qual foi tomada de suas mãos pelo assassino, que disparou um tiro no peito da vítima, e em seguida contra o sobrinho, que também estava armado, de acordo com o autor dos crimes.

O tiro em Cleitom acertou o rosto, e o matou na hora. Silvio ainda ficou agonizando, e com a faca que carregava consigo, Tharly o degolou. Os corpos e a motocicleta utilizada pelas vítimas foram colocados sobre a carroceria da caminhonete e jogados em um local menos movimentado, onde foram encontrados logo em seguida.



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